O Brasil pode ocupar um lugar central na transição energética global, disse André Miceli, CEO da MIT Technology Review Brasil, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC. “As diferentes formas de geração de energia podem ser utilizadas em várias regiões do país, e há uma discussão global sobre a comercialização desses excedentes. Isso pode nos dar um protagonismo ainda maior”.
Apesar da imagem positiva no exterior, Miceli afirmou que ainda há entraves significativos. “O Brasil é visto como um grande gigante de energia, mas ninguém fecha os olhos para as dificuldades de se fazer negócio aqui. Temos um ambiente regulatório e tributário complexo, o que infelizmente impede que empresas invistam com mais intensidade e façam acordos comerciais com o país”.
Sobre o Energy Summit, que ocorrerá entre os dias 24 e 26 de junho no Rio de Janeiro, o CEO explicou que o evento é parte de uma estratégia maior: “A ideia é criar um ecossistema de inovação, reunindo governo, academia, startups, grandes empresas e investidores. Essa metodologia já foi aplicada em mais de 80 regiões do mundo e agora queremos fortalecer esse movimento no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro”.
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Para o especialista, a energia nuclear pode ter um papel importante no cenário energético brasileiro. “Temos algumas iniciativas que podem produzir bastante energia, mas a tendência é que empresas, governos e pequenas cidades tenham estruturas próprias para abastecimento. Isso vai ao encontro da necessidade crescente causada pelo uso da inteligência artificial”.
Micelli falou sobre a relevância do evento: “O Energy Summit é para todos que fazem parte desse ecossistema. Teremos os principais CEOs do setor, professores do MIT, Prêmio Nobel da Paz e representantes da cultura. Nosso objetivo é entender como a energia afeta não só os negócios, mas a sociedade como um todo”.
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