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Brasil tem potencial único para liderar transição energética global, afirma presidente da Vestas
Publicado 23/07/2025 • 21:16 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 23/07/2025 • 21:16 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O Brasil tem um importante papel estratégico na geração de energia limpa, afirmou Eduardo Ricotta, presidente da Vestas na América Latina, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
“O Brasil tem um dos melhores ventos do mundo, com pouca turbulência e constância ao longo do ano. Isso, somado a um grid que já é 85% a 90% renovável, coloca o país numa posição privilegiada para ajudar na transição energética global”, ele afirmou.
O especialista destacou os investimentos da empresa no país, com foco em inovação e produção nacional: “A Vestas investiu mais de R$ 130 milhões no ano passado para desenvolver uma nova turbina. Hoje, 82% da nossa tecnologia no Brasil é feita com fornecedores locais. Estamos reduzindo custos e fortalecendo toda a cadeia construída nos últimos 20 anos”.
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Ao comparar o Brasil com outros mercados, Ricotta falou sobre a vantagem natural brasileira. “É difícil encontrar um país com a capacidade de vento que temos aqui. Uma turbina no Brasil gera o dobro da energia de uma no Japão. Isso mostra o tamanho do recurso natural que a gente tem à disposição”, disse.
Apesar do cenário promissor, ele apontou desafios regulatórios: “Hoje temos subsídios que distorcem o setor elétrico. A geração distribuída, por exemplo, cresceu muito sem controle do operador nacional, o que força cortes nos geradores maiores. Isso está afetando a confiabilidade do sistema e afastando investidores”.
Mesmo assim, o presidente da Vestas mantém otimismo quanto ao futuro. Segundo ele, “a demanda por energia renovável está crescendo, especialmente em data centers, que consomem até dez vezes mais energia por causa da inteligência artificial”. Ele ainda afirmou que a Vestas tem muitos investidores e acredita que sustentabilidade é um negócio rentável e estratégico para o futuro.
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