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França: setor de renováveis pede “mobilização geral pela eletrificação”
Publicado 04/12/2025 • 15:32 | Atualizado há 10 minutos
Publicado 04/12/2025 • 15:32 | Atualizado há 10 minutos
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Public Domain Pictures
Solar fazenda de 6MW em terreno de 11Ha em Drôme, França instalado em 2011, com duração prevista de exploração 30 anos
O governo francês quer avaliar o custo das energias renováveis para as finanças públicas, mas para Jules Nyssen, presidente do Sindicato das Energias Renováveis, a urgência é sair da incerteza e acelerar a transição energética aproveitando a abundância de eletricidade descarbonizada na França.
“Hoje, estamos em uma situação em que não há mais nenhum marco para a política energética, já que não há texto sobre a estratégia energética francesa. Isso cria uma incerteza em um momento em que, além disso, existe incerteza política. Tudo isso tem um efeito que afasta os investidores”, avalia Nyssen.
Para o sindicato, a falta de uma Programação Plurianual de Energia (PPE) significa também que é preciso fechar catorze reatores nucleares até 2035, sendo dois em 2027 e em 2028. “Este é o texto atual. Evidentemente, o governo não vai fechar dois reatores. Por outro lado, para relançar o programa nuclear, é necessária ajuda pública”, explica o presidente do Sindicato.
A segunda questão é se existe eletricidade demais na França. “Isso explica por que estamos procrastinando sobre esse texto. Porque está sendo travada uma batalha sobre a pertinência de adicionar novas capacidades. É incrível pensar que há três anos, durante a crise energética e a disparada dos preços, dizíamos a todo mundo: ‘é preciso produzir eletricidade’. E agora que isso começa a surtir efeito, essa situação teria se tornado um problema? Um preço baixo é, afinal, a melhor maneira de acelerar a adoção da eletricidade em nossos hábitos”, aponta.
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Hoje, muito graças aos investimentos feitos há muito tempo no setor nuclear e mais recentemente nas renováveis, a França tem uma reserva de eletricidade para 2026 que está em torno de 50 euros por megawatt-hora (MWh). Na Alemanha, está em torno de 85-88 euros; e na Itália, de 105-107.
A dificuldade vem do fato de que o preço de mercado da eletricidade não permite cobrir os custos completos do sistema. “E isso é verdade para qualquer fonte de energia. Com uma eletricidade a 50 euros, não cobrimos nem o setor nuclear, nem o das renováveis. O conjunto dos setores de produção necessita de apoio público e não é muito útil apontar as energias renováveis (ENR) como bode expiatório”, pontua Jules Nyssen.
Em 2024, a produção de eletricidade na França foi 95% descarbonizada. “Mesmo se decidíssemos fazer uma PPE com zero renováveis, isso não mudaria nada na questão do equilíbrio entre oferta e demanda, nem na questão do apoio público a essas instalações. Portanto, seria necessário, ao adicionar capacidades, que isso fosse o mais econômico possível para os cofres públicos e que contribuísse para a eletrificação.”
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