Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Eztec fica com 47% da Adolpho Lindenberg
Publicado 03/02/2025 • 07:35 | Atualizado há 5 meses
Por que os mercados globais ignoram os ataques dos EUA ao Irã
EUA pedem à China que impeça o Irã de fechar o Estreito de Ormuz e afetar o fluxo global de petróleo
Como a mudança de regime no Irã pode afetar os preços globais do petróleo
As ameaças à navegação em torno da Península Arábica estão aumentando, alerta a maior organização global de armadores
Petróleo a US$ 100 o barril? O papel dos EUA na disputa entre Irã e Israel alimenta o nervosismo do mercado
Publicado 03/02/2025 • 07:35 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
O resultado financeiro gerou uma receita de R$ 36,4 milhões, 17,9% superior à registrada um ano antes
Divulgação/Mooca Città Milano/Eztec
Após duas décadas de colaboração marcadas por diversos empreendimentos conjuntos, as incorporadoras Eztec e Adolpho Lindenberg decidiram unificar suas operações.
A Eztec realizou uma capitalização de R$ 130 milhões na Lindenberg, recebendo em troca 47% da empresa. Esse acordo foi oficializado em uma assembleia de acionistas na sexta-feira (31).
O negócio não envolveu a injeção de “dinheiro novo”, mas sim a integralização de cotas da joint venture criada em 2022. As empresas formaram uma parceria para desenvolver residenciais avaliados em R$ 2 bilhões, superando essa meta ao alcançar R$ 2,3 bilhões em seis projetos.
O acordo também concedeu à Eztec o direito de adquirir uma participação na Lindenberg até 2027, um marco que foi antecipado por mútuo acordo.
Desde a criação da joint venture, a Eztec foi a responsável pelo aporte de recursos nos projetos, que agora integram o balanço da Lindenberg.
Em contrapartida, a Eztec adquire essa participação de 47% na antiga parceira, que agora se torna uma empresa investida. Outros 47% da Lindenberg permanecem sob controle do presidente, Adolpho Lindenberg Filho, e da diretoria, enquanto 6% estão distribuídos no mercado.
Eztec e Lindenberg são duas das mais renomadas empresas do setor imobiliário de São Paulo. Os fundadores, Adolpho Lindenberg e Ernesto Zarzur, já falecidos, mantinham uma boa relação, que se estende aos seus filhos, atuais gestores das empresas.
A Lindenberg, fundada em 1954 e listada na Bolsa em 1977, ganhou notoriedade por convencer magnatas a trocarem mansões por apartamentos de luxo, uma novidade na época. Atualmente, foca em imóveis com valores a partir de R$ 3 milhões.
A Eztec, criada em 1979 e listada na Bolsa em 2007, atua de forma eclética, desenvolvendo projetos residenciais e comerciais para diferentes faixas de renda na região metropolitana.
O primeiro projeto em conjunto ocorreu em 2002, com a Lindenberg prestando consultoria a um dos primeiros empreendimentos de alto padrão da Eztec. Desde então, realizaram 18 empreendimentos em parceria, totalizando 7,2 mil unidades e R$ 3,6 bilhões em vendas.
“Crescemos juntos, enfrentando tanto os bons quanto os maus momentos em perfeita sintonia”, relata Silvio Zarzur, presidente da Eztec, ao lado dos irmãos Flávio, presidente do conselho, e Marcelo, vice-presidente executivo.
Para a Lindenberg, o acordo é estratégico para reduzir sua alavancagem, que havia atingido 4,2 vezes (dívida sobre patrimônio). Com a capitalização, o patrimônio líquido da empresa aumentará de R$ 30 milhões para R$ 170 milhões, e a alavancagem se aproximará de zero.
Essa melhoria na estrutura de capital diminuirá o risco da empresa e facilitará o acesso a crédito mais vantajoso.
“Este acordo fortalece a empresa para enfrentar os desafios do mercado, além de trazer um ganho significativo em inteligência e conhecimento”, afirma Adolpho Filho, em entrevista conjunta com os Zarzur.
Mais lidas
Por que os mercados globais ignoram os ataques dos EUA ao Irã
Base militar dos EUA é atingida por mísseis do Irã; Catar diz que "se reserva direito de responder diretamente"
Fechamento do Estreito de Ormuz pelo Irã seria "extremamente perigoso", diz chefe da diplomacia da UE
EUA emitem 'alerta mundial' para americanos devido a conflito no Oriente Médio
Petróleo a US$ 100 o barril? O papel dos EUA na disputa entre Irã e Israel alimenta o nervosismo do mercado