Jim Cramer: chips da Nvidia podem dar vantagem aos EUA na guerra comercial com a China
Publicado
04/06/2025 • 21:19
| Atualizado há 2 dias
Redação CNBC
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KEY POINTS
A Nvidia é vista como uma vantagem estratégica dos EUA na guerra comercial com a China, mas enfrenta restrições de exportação.
Os EUA estão altamente dependentes da China em manufatura, dificultando sua posição nas negociações comerciais.
Jim Cramer defende que Trump adote uma postura mais dura nas negociações, diante da fragilidade atual das relações.
Imagem de chip da Nvidia
Pexels
Jim Cramer, da CNBC, afirmou que os chips gráficos da Nvidia podem dar aos Estados Unidos uma vantagem na atual guerra comercial com a China.
“Se Trump quer vencer esse jogo, ele pode ter que mostrar sua carta na manga, a Nvidia. Pelo que vejo, os outros simplesmente não formam uma boa mão,” disse.
“Você tem que jogar com as cartas que recebeu, e por décadas, nosso governo fez de tudo para incentivar a terceirização para a China. Eles nos deixaram com uma mão bem ruim, tanto republicanos quanto democratas.”
As tensões comerciais entre os EUA e a China estão elevadas desde que o presidente Donald Trump ameaçou aplicar tarifas altíssimas sobre as importações chinesas. Embora os EUA tenham concordado com uma pausa de 90 dias nas novas tarifas, as relações continuam frágeis. Trump escreveu em uma postagem nas redes sociais na quarta-feira (4) que é “extremamente difícil” fazer um acordo com o presidente chinês Xi Jinping, poucos dias após a Casa Branca indicar que os dois podem conversar nesta semana.
Cramer destacou algumas exportações americanas que ele acredita que a China quer — gás natural, aviões da Boeing, turbinas para usinas e produtos da Nvidia. Ele chamou a Nvidia de “um ás na nossa mão”, mas disse que a administração Trump não quer usá-lo. A Casa Branca anunciou regulamentos rigorosos sobre as exportações da Nvidia para a China — o que o CEO Jensen Huang disse que fará sua empresa perder bilhões e impedirá os EUA de serem líderes globais em IA.
Grandes empresas nos EUA dependem fortemente dos fabricantes chineses, apesar dos esforços para diversificar suas cadeias de suprimentos, lamentou Cramer. Ele citou Apple, Target, Stanley Black & Decker, Best Buy e Walmart como alguns dos nomes proeminentes que estão correndo para se ajustar ao novo cenário comercial.
Necessidade de negociação mais firme
“O presidente Trump precisa ser um negociador muito mais duro que o presidente Xi, porque agora estamos tão dependentes da China que é quase inacreditável,” disse Cramer.
A Casa Branca não respondeu imediatamente ao pedido de comentário.
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