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Estado do Missouri, nos EUA, diz que política de diversidade do Starbucks é discriminação

Publicado 11/02/2025 • 20:51 | Atualizado há 1 mês

Henrique Almeida, do Times Brasil

KEY POINTS

  • A queixa, apresentada nesta terça-feira (11), denuncia o Starbucks por vincular a remuneração de seus executivos ao cumprimento de cotas de contratação baseadas em raça e gênero.
  • A ação também afirma que a empresa separou grupos preferenciais para treinamento adicional e promoções.
  • O procurador-geral do Missouri, Andrew Bailey, afirmou que essas práticas violam as leis federais e estaduais de direitos civis.
Um porta-voz da Starbucks afirmou que a empresa vai recorrer da decisão.

Um porta-voz da Starbucks afirmou que a empresa vai recorrer da decisão

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O estado do Missouri (EUA) processou o Starbucks, acusando a empresa de discriminação racial e de gênero, alegando o uso de políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) como pretexto para práticas discriminatórias.

A queixa, apresentada nesta terça-feira (11), denuncia o Starbucks por vincular a remuneração de seus executivos ao cumprimento de cotas de contratação baseadas em raça e gênero. A ação também afirma que a empresa separou grupos preferenciais para treinamento adicional e promoções, e implementou um sistema de cotas para garantir diversidade racial e étnica em seu conselho de administração.

O procurador-geral do Missouri, Andrew Bailey, afirmou que essas práticas violam as leis federais e estaduais de direitos civis. Ele também disse que as políticas de DEI do Starbucks resultam em um aumento nos preços para os consumidores e na lentidão dos serviços, pois, segundo a queixa, a empresa não estaria contratando os trabalhadores mais qualificados.

“Racismo não tem lugar no Missouri. Estamos entrando com esta ação para interromper essa violação flagrante da Lei de Direitos Humanos de Missouri”, afirmou Bailey.

A empresa, por sua vez, refutou as acusações e emitiu uma declaração em que defendeu suas práticas, afirmando que é “profundamente comprometida em criar oportunidades para todos os seus parceiros” e que suas políticas são “abertas a todos e legais”.

A ação judicial ocorre em um momento de crescente debate sobre as políticas de DEI nas empresas americanas, particularmente após a morte de George Floyd em 2020, que motivou muitas corporações a repensarem suas práticas de contratação.

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