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Pílula da Novo Nordisk reduz em 14% o risco cardiovascular em diabéticos após quatro anos
Publicado 30/03/2025 • 08:35 | Atualizado há 8 meses
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Publicado 30/03/2025 • 08:35 | Atualizado há 8 meses
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SERGEI GAPON/AFP
Novo Nordisk: Queda nas vendas e custos de US$ 1,23 bilhão marcam cenário pré-resultado do 3º trimestre.
A Novo Nordisk anunciou no último sábado (29) que sua pílula para diabetes, Rybelsus, apresentou benefícios cardiovasculares em um estudo de fase avançada, o que pode abrir caminho para sua adoção como uma nova opção de tratamento para pessoas com diabetes e doenças cardíacas.
O medicamento reduziu em 14% o risco de morte cardiovascular, infarto e AVC em comparação com um placebo, após uma média de quatro anos de uso por pacientes com diabetes e doença cardíaca estabelecida, com ou sem doença renal crônica.
A farmacêutica dinamarquesa apresentou os resultados do estudo sobre o Rybelsus, já aprovado para o tratamento do diabetes tipo 2, durante a Sessão Científica Anual do Colégio Americano de Cardiologia, em Chicago.
A Novo Nordisk já solicitou a ampliação da aprovação do medicamento nos EUA e na União Europeia para incluir a redução do risco de complicações cardiovasculares graves, afirmou Stephen Gough, diretor médico global da empresa, em entrevista.
O Rybelsus é a versão oral de administração diária do Ozempic, injeção da Novo Nordisk amplamente utilizada no tratamento do diabetes, aplicada uma vez por semana. Ambos os medicamentos, assim como a injeção semanal para perda de peso Wegovy, contêm o ingrediente ativo semaglutida.
Em março de 2024, o Wegovy recebeu aprovação nos EUA para reduzir o risco de eventos cardiovasculares graves em adultos com doença cardíaca e que são obesos ou estão acima do peso.
No entanto, os dados apresentados no sábado sugerem que pacientes relutantes em tomar injeções, como aqueles que têm medo de agulhas, poderão em breve acessar um tratamento mais conveniente.
“Sabemos que nem todo mundo quer uma injeção, seja por dor ou qualquer outro motivo, e prefere a opção de um medicamento oral”, disse Gough à CNBC. “Oferecemos essa alternativa para que o paciente e o profissional de saúde possam decidir juntos a melhor opção.”
Os dados surgem em um momento em que diversas farmacêuticas, incluindo a Eli Lilly, trabalham para desenvolver versões orais dos medicamentos da classe GLP-1 para diabetes, perda de peso e outras condições, como apneia do sono.
O estudo de fase 3 analisou pouco mais de 9.600 pacientes com 50 anos ou mais, que receberam Rybelsus ou placebo, ambos em conjunto com seu tratamento padrão, por uma média de quase quatro anos.
Quase metade dos participantes utilizou inibidores de SGLT2, medicamentos que reduzem o nível de açúcar no sangue em adultos com diabetes tipo 2, em algum momento do estudo.
Ao final do estudo, 12% dos pacientes que tomaram Rybelsus e 13,8% daqueles que receberam placebo sofreram morte cardiovascular, infarto ou AVC. Isso representa uma redução global de 14% no risco para quem usou o Rybelsus.
Os pesquisadores afirmaram que essa redução está em linha com os benefícios cardiovasculares observados em oito estudos anteriores sobre injeções da classe GLP-1, que incluem a semaglutida e outros medicamentos populares, de acordo com um comunicado do Colégio Americano de Cardiologia.
Os GLP-1 mimetizam certos hormônios intestinais, ajudando a reduzir o apetite e regular os níveis de açúcar no sangue, além de terem outros efeitos, como redução da inflamação.
O Rybelsus ajudou a reduzir em 26% o risco de infarto não fatal em comparação com o placebo, sendo esse o principal fator para a redução geral do risco de complicações cardiovasculares no estudo. A pílula também reduziu em 12% o risco de AVC não fatal e em 7% o risco de morte cardiovascular em relação ao placebo.
Não houve diferença significativa entre os grupos do Rybelsus e do placebo em relação à função renal, conforme apontou o comunicado. No entanto, o estudo foi “claramente” projetado para avaliar os benefícios cardiovasculares, e não os efeitos renais do medicamento, explicou Gough.
O Ozempic já é aprovado para o tratamento de doença renal crônica em pacientes com diabetes.
Os efeitos colaterais mais comuns relatados no estudo foram problemas gastrointestinais, como náusea, diarreia e constipação, que raramente levaram os pacientes a interromper o uso do Rybelsus. Esses sintomas são consistentes com os efeitos colaterais da semaglutida injetável.
Resultados semelhantes foram observados em todos os subgrupos de pacientes, independentemente da idade, sexo e condições de saúde no início do estudo.
Diferentemente das versões injetáveis, o Rybelsus deve ser tomado com o estômago vazio, pelo menos 30 minutos antes do café da manhã, com uma pequena quantidade de água. Apesar dessas exigências, o estudo confirma que “os pacientes conseguiram seguir corretamente o tratamento e obter benefícios cardiovasculares”, afirmou o Dr. Darren McGuire, professor de medicina do UT Southwestern Medical Center e autor principal do estudo.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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