O Brasil é o segundo país com mais casos de burnout, ficando atrás apenas do Japão, de acordo com uma pesquisa da International Stress Management Association. Para o psicólogo especializado em psicologia empresarial, Fredy Figner, dois fatores principais contribuem para o dado: a pressão excessiva no ambiente de trabalho e a falta de preparo das lideranças.
“Vemos cada vez mais uma liderança despreparada, que muitas vezes não sabe como lidar com as pessoas, como dar feedbacks construtivos ou até mesmo como comunicar de maneira eficaz”, disse o especialista, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, na última terça-feira (31). “Isso cria um ambiente tóxico.”
Além disso, a pressão por produtividade elevada e a falta de preparo das empresas têm levado a um ambiente de trabalho cada vez mais desgastante e desanimador. “A crença de alta produtividade a todo custo gera um ambiente de trabalho de muita pressão”, disse.
Esse cenário, segundo o especialista, tem levado muitas pessoas a reavaliar suas prioridades, com algumas optando priorizar a saúde mental. “Funcionários já têm o seguinte discurso: ‘Olha, eu prefiro a minha saúde do que esse trabalho’”, disse.
Além disso, Fred destaca que a felicidade e o bem-estar dos colaboradores estão diretamente ligados à produtividade. Segundo ele, “se o funcionário vem de uma empresa que promove saúde mental, onde há ações e uma diretoria preocupada com o meu bem-estar, a probabilidade de engajar e não querer sair dessa companhia é grande.”
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