A Accor anunciou nesta quinta-feira (31) que encerrou o primeiro semestre de 2025 com receita consolidada de US$ 2,98 bilhões (R$ 17,54 bilhões), o que representa um crescimento de 5,1% em base comparável, mesmo diante de um cenário macroeconômico complexo e de efeitos cambiais desfavoráveis. O desempenho foi impulsionado por um aumento de 4,6% no RevPAR (receita por quarto disponível), refletindo a combinação de tarifas mais altas e melhora na taxa de ocupação global.
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O EBITDA recorrente somou US$ 598,9 milhões (R$ 3,53 bilhões), com avanço de 9,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, ou 13,4% considerando câmbio constante. A geração de caixa também evoluiu: o fluxo de caixa livre recorrente totalizou US$ 147,6 milhões (R$ 869 milhões), e a liquidez total ao fim de junho foi de US$ 2,39 bilhões (R$ 14,06 bilhões).
“Este desempenho sólido confirma a qualidade do nosso portfólio de marcas e a relevância da nossa presença geográfica diversificada, mesmo diante de um ambiente geopolítico desafiador”, destacou Sébastien Bazin, presidente e CEO da Accor.
Crescimento com foco em luxo e lifestyle
A divisão Luxury & Lifestyle foi o destaque do semestre, com receita de US$ 1,42 bilhão (R$ 8,38 bilhões) e crescimento de 5,6% frente ao primeiro semestre de 2024. Já o segmento Premium, Midscale e Economy somou US$ 1,60 bilhão em receita (R$ 9,43 bilhões), estável na comparação anual.
A Accor inaugurou 117 hotéis no período, o que representa mais de 15 mil novos quartos e uma expansão líquida de 1,9% em 12 meses. Com isso, o grupo alcançou 5.740 hotéis em operação, totalizando 854.695 quartos em todo o mundo, além de um pipeline de 241 mil quartos em desenvolvimento.
Estratégia de retorno ao acionista e investimentos
A companhia anunciou o lançamento da segunda tranche de seu programa de recompra de ações, no valor de R$ 1,53 bilhão, dando continuidade ao programa de US$ 477,4 milhões no total. A primeira tranche, de US$ 217 milhões (R$ 1,28 bilhão), foi concluída em maio, com a aquisição de 4,6 milhões de ações.
Além disso, a Accor pagou dividendos de R$ 1,94 bilhão com base no lucro de 2024, conforme a política de distribuir 50% do fluxo de caixa livre recorrente.
Endividamento e custo financeiro
A dívida financeira líquida da Accor em 30 de junho foi de R$ 19,78 bilhões, frente aos US$ 2,71 bilhões registrados em dezembro de 2024. O aumento foi atribuído à distribuição de dividendos, recompra de ações e à emissão de um bond de R$ 3,83 bilhões em fevereiro, com vencimento em 8 anos e cupom de 3,5% ao ano.
Apesar do aumento do endividamento, a empresa manteve o custo médio da dívida estável em 2,6%, com maturidade superior a três anos.
Perspectivas
Para o ano de 2025, a Accor reiterou sua projeção de:
- Crescimento do RevPAR entre 3% e 4%;
- Expansão líquida de 3,5% na rede de hotéis;
- Aumento do EBITDA recorrente entre 9% e 10%, em moeda constante.
O grupo também reafirmou suas metas de médio prazo divulgadas no Capital Market Day de junho de 2023 para os exercícios de 2026 e 2027.
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