Em comunicado nesta terça-feira (8), a Casas Bahia informou que os membros do conselho de administração decidiram pela retirada de todas as matérias que seriam deliberadas em assembleia-geral extraordinária (AGE), convocada para o próximo dia 30 de abril.
A decisão impacta a proposta de inclusão de um novo artigo em seu estatuto social que exige uma oferta pública de aquisição de ações (OPA), caso um investidor atinja uma participação acionária relevante na companhia, mecanismo conhecido como “poison pill” (ou “pílula de veneno”).
O poison pill tem o objetivo de impedir ofertas hostis e proporcionar mais estabilidade para os papéis da varejista. Segundo informações do site da companhia, o estatuto atual da Casas Bahia não prevê um acionista controlador, e cerca de 75% das suas ações estão disponíveis para negociação.
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Acionista da Casas Bahia, Michael Klein, desiste de destituir conselheiros e cita ‘voto de confiança’
Em fato relevante divulgado na última segunda-feira (7), a Casas Bahia informou que recebeu do acionista da empresa, Michael Klein, uma solicitação de cancelamento do pedido de convocação da AGE, enviado no último dia 31 de março.
Klein havia pedido a convocação da AGE para votar a destituição de membros do conselho de administração, incluindo o presidente Renato Carvalho do Nascimento.
A solicitação também propõe a destituição de Rogério Paulo Calderón Peres. Em seus lugares, Klein sugeria sua própria eleição para o colegiado, além da nomeação de Luiz Carlos Nannini como membro independente do conselho.
Klein informa ainda que o cancelamento do pedido para substituição parcial de membros do conselho “confere um voto de confiança, por mais um período, aos esforços que vêm sendo envidados pela administração, em especial pela diretoria, com vistas ao saneamento da situação financeira da companhia”.
Disse, também, que a decisão ocorreu “em vista de interações mantidas em stakeholders nos últimos dias”, e que continuará “cobrando a retomada da rota de crescimento da companhia, tendo como foco a reconquista da confiança de clientes e investidores, em um mercado dominado por gigantes digitais”.
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