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Dia dos Namorados: varejo espera queda de R$ 1 bilhão e restaurantes prolongam data em busca de solução
Publicado 11/06/2025 • 19:29 | Atualizado há 1 dia
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KEY POINTS
Flores são uma opção de presente de Dia dos Namorados
Unsplash
O setor varejista espera um Dia dos Namorados desaquecido pela inflação, pelo endividamento das famílias e por mudanças de hábitos de consumo neste 12 de junho.
Segundo estimativa da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), o faturamento do setor deve fechar em R$ 22,1 bilhões, ante aos R$ 23 bilhões de um ano antes, uma queda de 3,9%.
Também é esperada a redução de 1,18% no fluxo de clientes nas lojas. Segundo Daniel Sakamoto, gerente executivo da entidade, além dos fatores macroeconômicos, está em curso uma alteração na proposta da data, em especial entre casais mais jovens.
Segundo Sakomoto, a juventude tem dado menos atenção para datas comemorativas e “valorizado mais a experiência de passar tempo junto, em vez de comprar presentes”.
Partindo desse pressuposto, o setor de bares e restaurantes espera melhorar as vendas, e por isso tenta emplacar a chamada Semana dos Namorados, e desde o dia 9 de junho adota campanhas publicitárias para atrair clientes não apenas no Dia dos Namorados.
Segundo a Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes (Abrasel), 78% dos associados esperam faturar mais este ano que em 2024, e a perspectiva é de alta entre 6% e 10% no faturamento diário ao longo da semana, com pico de até 60% no dia 12 de junho.
Segundo Percival Maricato, diretor da Abrasel, a Semana dos Namorados foi adotada para atrair aquele cliente que se sente desestimulado a sair em datas tradicionais do varejo pelo alto movimento nos lugares. “[Aquele que deixa de ir] Porque sabe que não vai encontrar lugar ou, se encontrar, o tratamento nem sempre é tão bom como se gostaria”.
Sobre o relativo otimismo do segmento, que majoritariamente espera aumento nas vendas enquanto o os lojistas preveem redução no faturamento com a data, Maricato diz que a alta de 1,4% do PIB no primeiro trimestre animou o setor, apesar de ainda haver o sentimento de recuperação dos prejuízos causados pela pandemia.
“As notícias do PIB são alvissareiras, mas na verdade um aumento de 10% [esperado por dia na Semana dos Namorados] não é expressivo”, disse Maricato, que considera a percepção atual do segmento, antes de tudo, pessimista.
No varejo como um todo, o tom também é de cautela, tanto do lojista, quanto do consumidor. Segundo a CNDL, são esperados 91,9 milhões clientes em lojas na busca por presente para o parceiro. Ano passado foram 93 milhões.
No perfil do cliente, segundo Daniel Sakamoto, são esperadas pessoas mais velhas. “Inclusive, tem mais compras para marido e esposa do que entre namorado e namorada”, disse.
Além da mudança de comportamento, há a inflação e endividamento no cálculo do consumidor. Com alta acumulada nos preços de 5,3% nos últimos 12 meses e 29,5% dos brasileiros inadimplentes até maio, conforme divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a CNDL recomenda que os casais não contraiam mais dívidas.
Para quem já está endividado, Sakamoto diz que o ideal é buscar opções gratuitas, como passeios e outras atividades – o que ajuda a explicar a perspectiva de um Dia dos Namorados com menos vendas. “Se precisar dar uma lembrancinha, em vez de comprar um presente, oferecer uma experiência, um passeio, é melhor”, disse.
Entretanto, ele pontua ainda que 31% dos consumidores “pretendem ir às compras mesmo com contas em atraso”.
Segundo pesquisa lançada na terça-feira (10) pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com 881 entrevistados residentes no estado de São Paulo, 34,7% pretendem comprar presentes para o Dia dos Namorados, enquanto 45,3% responderam que não têm intenção de fazê-lo, e 20% não sabem.
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Segundo o economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP (IEGV/ACSP), Ulisses Ruiz de Gamboa, a maioria dos que manifestaram intenção de adquirir presentes para a data está disposta a gastar mais e prefere realizar as compras em grandes redes do varejo e de forma presencial, mas isso não é necessariamente uma boa notícia.
“Ao menos parte do aumento do tíquete médio de compra provavelmente está associada ao aumento dos preços”, disse Ulisses.
Os principais produtos procurados pelos consumidores são roupas, chocolates e perfumes, de acordo com a ACSP. Já a CNDL, que considera em importância esses mesmos produtos, destacou que o tíquete médio aumentou este ano, de R$ 230 para R$ 238,8 – o que reflete, sobretudo, o impacto da inflação no preço dos presentes.
Segundo Gamboa, ainda que tenha havido aumento na renda do brasileiro no último ano, o peso inflacionário, em especial nos itens essenciais e de cesta básica, terá impacto direto no comportamento das vendas deste ano.
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