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CNBC Nike: vendas caem 12%, mas gigante dos tênis diz que o pior da crise já passou

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Nike: vendas caem 12%, mas gigante dos tênis diz que o pior da crise já passou

Publicado 26/06/2025 • 18:50 | Atualizado há 6 horas

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KEY POINTS

  • A Nike registrou resultados trimestrais mais favoráveis, derrotando expectativas pessimistas por todas as análises.
  • A gigante dos tênis disse que teve seu maior impacto financeiro até agora, em meio ao seu recente plano de recuperação durante o período, mas espera que as quedas nas vendas e nos lucros se moderem daqui para frente.
  • Os lucros da Nike caíram 86% à medida em que a marca continuou a usar descontos para limpar estoques parados.

Imagem de um par de tênis da Nike

Pexels

Na quinta-feira (26), a Nike afirmou que espera que as quedas nas vendas e nos lucros diminuam, após a gigante dos tênis sofrer seu maior impacto financeiro até agora com seu plano de reestruturação durante o quarto trimestre fiscal.

Embora as expectativas de Wall Street fossem baixas para este relatório, a Nike superou as estimativas tanto na receita quanto no lucro.

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Como foi o desempenho financeiro da Nike

O relatório fiscal mais recente da Nike contempla o período de três meses, encerrando-se em 31 de maio de 2025. Veja como a empresa se saiu em comparação com as estimativas de analistas consultados pela LSEG:

  • Lucro por ação: US$ 0,14 (R$ 0,77) por ação, contra US$ 0,13 (R$ 0,71) estimados
  • Receita: US$ 11,10 bilhões (R$ 60,84 bilhões), contra US$ 10,72 bilhões (R$ 58,76 bilhões) estimados

O lucro líquido reportado pela empresa no trimestre foi de US$ 211 milhões (R$ 1,15 bilhão), ou US$ 0,14 por ação, comparado a US$ 1,5 bilhão (R$ 8,22 bilhões), ou US$ 0,99 (R$ 5,43) por ação, um ano antes.

As vendas caíram para US$ 11,1 bilhões, uma queda de cerca de 12% em relação aos US$ 12,61 bilhões (R$ 69,12 bilhões) do ano anterior.

Impactos e expectativas

No último trimestre, a Nike alertou que o quarto trimestre fiscal seria o ponto mais baixo de sua reestruturação, mas nos meses seguintes, as condições pioraram, deixando os investidores preocupados se mais dificuldades estavam por vir.

Em um comunicado à imprensa, o diretor financeiro da Nike, Matt Friend, confirmou que o quarto trimestre fiscal verá o “maior impacto financeiro” de sua reestruturação e que os obstáculos devem diminuir daqui para frente.

“Estou confiante na nossa capacidade de navegar por este ambiente dinâmico e incerto, focando no que podemos controlar”, disse Friend.

As ações da Nike caíram mais de 2% nas negociações estendidas na quinta-feira (26).

Estratégias e resultados

Durante o trimestre, os lucros da Nike caíram impressionantes 86% enquanto a empresa trabalhava para eliminar estoques antigos, reconquistar parceiros de atacado e reestruturar seu negócio digital. O maior impacto nas margens veio do uso de descontos e canais de liquidação para liberar estoque, junto com o retorno ao atacado, que é um canal menos lucrativo do que vender diretamente em seu site e lojas.

A empresa avisou que a estratégia levaria a lucros menores no curto prazo, mas deixaria o negócio em uma posição mais saudável no longo prazo.

No trimestre, a receita da Nike Direct, que representa lojas, atacado e seu site, caiu 14%, liderada por uma queda de 26% nas vendas digitais e uma queda de 9% no atacado.

As lojas da Nike, no entanto, foram um ponto positivo. Durante o trimestre, as vendas nas lojas Nike subiram 2%.

Os dados de fluxo de clientes nas lojas da Nike vêm caindo desde outubro, mas esses números também indicam que as condições podem estar melhorando, de acordo com a Placer.ai, uma empresa de análise que usa dados anônimos de dispositivos móveis para estimar visitas gerais a locais.

As visitas mensais às lojas Nike caíram 10,2% em abril em comparação com o ano anterior, mas essa queda diminuiu para 3,2% em maio, segundo a Placer.ai.

Desempenho regional e parcerias

A receita caiu em todas as regiões durante o trimestre, mas foi um pouco melhor do que o esperado na América do Norte, o maior mercado da Nike. As vendas caíram 11% para US$ 4,7 bilhões (R$ 25,7 bilhões) na América do Norte, melhor do que os US$ 4,4 bilhões (R$ 24,2 bilhões) esperados pelos analistas, segundo a StreetAccount.

Mesmo assim, a receita na China foi de US$ 1,48 bilhão (R$ 8,11 bilhões), um pouco abaixo dos US$ 1,5 bilhão (R$ 8,2 bilhões) que os analistas esperavam, segundo a StreetAccount.

Desde que a Nike relatou seus últimos resultados, as tarifas sobre produtos importados da China aumentaram para 30%. A empresa aumentou os preços em toda a sua linha de produtos para compensar esses custos, conforme relatado pela CNBC anteriormente.

O primeiro lançamento de produto de sua parceria muito aguardada com a linha de roupas íntimas Skims, de Kim Kardashian, também deveria ocorrer durante o trimestre, mas agora foi adiado para mais tarde este ano, conforme relatado pela CNBC anteriormente.

Perspectivas e inovações

A Nike está, até o fechamento desta nota, em meio à sua conferência de resultados — a reunião começou às 18h (horário de Brasília). Por ela, os investidores estarão mais interessados nas orientações da empresa para o futuro. Wall Street, no entanto, também estará de olho em mais detalhes sobre o estado de sua reestruturação, informações sobre o pipeline de lançamentos de produtos e se ela pode continuar a cortar despesas.

Os planos para a parceria da Nike com a Skims também serão um ponto importante de interesse. Além de eliminar estoque antigo e lançar estilos mais inovadores, a Nike está trabalhando para conquistar mais consumidoras, que são estimadas em cerca de 40% do seu negócio.

Essa diferença de gênero não é ideal para varejistas de produtos discricionários porque as mulheres tendem a gastar mais com roupas do que os homens. A Nike perdeu participação de mercado para concorrentes de roupas esportivas como Lululemon e Alo Yoga, que atendem a um público semelhante, mas são mais voltadas para as mulheres.

Os tênis ainda são a parte mais importante do negócio da Nike, mas as roupas são uma área de crescimento para a empresa, representando cerca de 28% da receita da marca Nike no exercício fiscal de 2024.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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