Fim de uma era: Microsoft desativa o Skype após 21 anos e reforça foco no Teams
Publicado 28/02/2025 • 12:17 | Atualizado há 2 meses
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KEY POINTS
Skype revolucionou as chamadas online ao permitir conversas sem custo com qualquer pessoa conectada à internet.
Unsplash.
A Microsoft anunciou nesta sexta-feira (23) que encerrará o Skype em 5 de maio, após 21 anos de funcionamento. A empresa recomenda que os usuários migrem para o Microsoft Teams, sua plataforma gratuita de comunicação.
Lançado nos anos 2000, o Skype revolucionou as chamadas online ao permitir conversas sem custo com qualquer pessoa conectada à internet. No entanto, com a ascensão dos dispositivos móveis e de novos concorrentes, o serviço perdeu espaço e não teve um grande ressurgimento nem mesmo durante a pandemia.
“Aprendemos muito com o Skype ao longo dos anos e aplicamos esses aprendizados no Teams. Agora é o momento certo para simplificar a experiência do usuário e focar em inovações dentro do Teams”, afirmou Jeff Teper, presidente de aplicativos colaborativos do Microsoft 365, em entrevista à CNBC.
Nos próximos dias, a Microsoft permitirá que usuários acessem o Teams com suas credenciais do Skype, garantindo a transferência de contatos e conversas. Além disso, será possível exportar dados do Skype. A empresa também interromperá a venda de assinaturas do serviço, mas créditos já adquiridos poderão ser usados no Teams.
“É um momento marcante para nós. O Skype foi pioneiro em chamadas de áudio e vídeo na web e ajudou milhões de pessoas ao redor do mundo”, completou Teper.
O Skype foi lançado em 2003 pelos empreendedores Janus Friis e Niklas Zennström, que já haviam criado o programa de compartilhamento de arquivos Kazaa. A ideia era oferecer chamadas gratuitas via internet, utilizando tecnologia VoIP. O nome “Skype” era uma abreviação de “Sky peer to peer”, em referência ao modelo de conexão usado pelo serviço.
A plataforma cresceu rapidamente. Em 2004, já contava com 11 milhões de usuários. No ano seguinte, o eBay adquiriu a empresa por US$ 2,6 bilhões, com a expectativa de integrar chamadas entre compradores e vendedores. Até 2008, o Skype acumulava mais de 400 milhões de usuários.
No entanto, o novo CEO do eBay, John Donahoe, não enxergava valor estratégico no serviço. Em 2009, em meio à crise econômica global, a empresa optou por vender o Skype para um grupo de investidores liderado pela Silver Lake, por US$ 2,75 bilhões. O grupo chegou a considerar um IPO, mas, em 2011, a Microsoft adquiriu o Skype por US$ 8,5 bilhões.
Sob a Microsoft, o Skype foi integrado a diversos produtos, como Lync, Windows Live Messenger, Windows Phone e Xbox. No entanto, o serviço não conseguiu competir com novas plataformas de comunicação.
A Apple impulsionou o uso do iMessage e do FaceTime em dispositivos iOS. Em 2014, o Facebook adquiriu o WhatsApp e, meses depois, adicionou chamadas internacionais gratuitas. O WeChat também se popularizou na China.
Enquanto isso, o Skype passou por várias reformulações, mas enfrentou críticas de usuários fiéis. Em 2016, a Microsoft lançou o Teams, voltado para empresas e organizações que utilizavam a suíte Office.
Durante a pandemia, quando o trabalho remoto se tornou essencial, o Zoom se consolidou como a principal plataforma de videoconferência. O Skype teve um breve aumento no uso, mas a Microsoft decidiu concentrar seus esforços no Teams. Com isso, o número de usuários do Teams ultrapassou 320 milhões em 2023.
Desde 2017, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, não menciona o Skype em conferências de resultados financeiros. Em 2023, a empresa revelou que o serviço tinha 36 milhões de usuários ativos diários, abaixo dos 40 milhões registrados em 2020.
Ao comentar o fim do Skype, Teper destacou que a mudança para plataformas baseadas em nuvem e dispositivos móveis transformou o mercado de comunicação. “A história do Skype reflete essa transição”, concluiu.
Com a descontinuação do Skype, a Microsoft reforça sua estratégia de centralizar esforços no Teams, que já domina o segmento corporativo e continua a expandir sua base de usuários.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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