O cofundador e CEO da Grab, Anthony Tan, está avançando a todo vapor na incorporação da inteligência artificial em sua empresa e em sua vida pessoal. Em entrevista à CNBC, ele afirmou que aqueles que não adotarem a IA acabarão sendo deixados para trás.
“Os humanos que não abraçarem a IA em uma empresa serão substituídos por humanos que a abraçam”, disse o empresário de Singapura à jornalista Christine Tan, da CNBC, durante o evento Converge Live, realizado em Singapura na última terça-feira. “O mesmo se aplicará às empresas, e eu realmente acredito que, se você a adotar, não apenas se tornará super-humano, mas também fará com que sua empresa se torne super-humana.”
Tan, que cofundou em 2012 o que hoje é o principal aplicativo de transporte por aplicativo do Sudeste Asiático, disse que a empresa leva muito a sério a missão de implementar IA em diversas áreas da vida profissional.
Isso inclui um assistente de IA integrado, chamado de “driver co-pilot”, que auxilia os motoristas a conseguirem mais corridas e reduz o tempo de espera para os passageiros.
“A IA não deve ser temida. A IA deve ser abraçada, ajudando todos os nossos trabalhadores e empreendedores do dia a dia a se tornarem super-humanos”, acrescentou Tan.
O superapp da Grab não se limita apenas a transporte por aplicativo, oferecendo também serviços como entregas de alimentos e mantimentos, além de soluções financeiras, incluindo pagamentos, empréstimos e banco digital. Em 2024, a empresa registrou uma receita de US$ 2,8 bilhões, um aumento de 19% em relação ao ano anterior.
“Corrida pela IA”
Segundo o Relatório Futuro do Trabalho 2025, do Fórum Econômico Mundial, até 40% dos empregadores planejam reduzir sua força de trabalho devido à IA. Além disso, metade dos empregadores entrevistados afirmou que pretende reorientar seus negócios para se adaptar à IA, e 86% esperam que a tecnologia transforme suas empresas até 2030.
Tan, que utiliza um assistente de codificação baseado em IA, recomenda que as pessoas usem a tecnologia para “experimentação pessoal”.
“Eu mesmo não sei programar, mas uso IA para criar meus próprios projetos, para pesquisas e para a Grab”, afirmou. “Ela pode transformar totalmente como você utiliza seu tempo e o quão produtivo pode ser. Isso foi o que mais me ajudou.”
O CEO destacou que deseja expandir as eficiências obtidas com a IA para toda a empresa.
“Agora, avançando com a empresa, dissemos: ‘Olha, eu me tornar super-humano não é suficiente. Preciso pensar em como todos nós, mais de 7.000 funcionários, podemos nos tornar super-humanos’”, disse Tan.
Para isso, a Grab suspendeu todas as atividades normais da empresa para realizar uma “corrida de IA generativa” por nove semanas. “As pessoas acharam que eu estava louco — talvez eu esteja —, mas isso realmente fez a diferença.”
Durante esse período, a empresa criou um assistente de IA para comerciantes.
“Imagine uma mãe solo que faz comida em casa, em Jacarta. Agora, ela tem um assistente que funciona como sous-chef, auxiliar de embalagem e diretor de receita — tudo em um só. Isso não apenas melhora os negócios, mas também impulsiona nossa visão de empoderar empreendedores do dia a dia ao mesmo tempo”, concluiu Tan.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
