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Boeing buscará aprovação para aumentar a produção do 737 Max à medida que prejuízos diminuem

Publicado 23/04/2025 • 09:47 | Atualizado há 2 meses

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Redação CNBC

KEY POINTS

  • O prejuízo da Boeing no primeiro trimestre caiu para US$ 31 milhões e ela queimou menos dinheiro do que os analistas estimavam.
  • As entregas de aviões da Boeing aumentaram cerca de 60% em relação ao ano passado, enquanto a empresa trabalhava para estabilizar a produção.
  • Os executivos provavelmente receberão perguntas sobre tarifas e a guerra comercial do presidente Donald Trump.
A fuselagem de uma aeronave Boeing 737 é fotografada na fábrica da empresa em Renton, Washington, em 15 de abril de 2025.

A fuselagem de uma aeronave Boeing 737 é fotografada na fábrica da empresa em Renton, Washington, em 15 de abril de 2025.

Jason Redmond | AFP | Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)

A Boeing está se preparando para pedir aprovação da Administração Federal de Aviação (FAA) para aumentar a produção de seus jatos 737 Max, os mais vendidos da empresa, para 42 unidades por mês ainda este ano, disse o CEO Kelly Ortberg nesta quarta-feira (23), à medida que as entregas de aviões aumentaram neste ano e a companhia reduziu seus prejuízos.

A Boeing registrou um prejuízo líquido de US$ 31 milhões no primeiro trimestre, uma melhora em relação à perda de US$ 355 milhões no mesmo período do ano anterior, enquanto a receita subiu 18%, para US$ 19,5 bilhões — ligeiramente acima das estimativas dos analistas.

O consumo de caixa da empresa, de aproximadamente US$ 2,3 bilhões, foi uma melhora em relação aos quase US$ 4 bilhões usados no primeiro trimestre de 2024 e melhor do que o esperado pelos analistas.

Leia mais:

As ações da Boeing subiram cerca de 4% no pregão pré-mercado.

Os resultados incluem apenas o impacto das tarifas globais até 31 de março, disse a empresa. Executivos deverão responder perguntas sobre tarifas durante a teleconferência de resultados marcada para quarta-feira às 10h30 no horário de Nova York, já que a fabricante está atualmente na mira da guerra comercial do presidente Donald Trump, que deve elevar os preços de aeronaves e peças e materiais importados.

O CEO da GE Aerospace, Larry Culp, disse na terça-feira (22) que se reuniu com Trump e sugeriu restaurar o comércio livre de tarifas para a indústria aeroespacial, um dos principais setores exportadores dos EUA que ajuda a reduzir o déficit comercial do país. A GE, que fabrica motores de aeronaves, e a RTX disseram que esperam que as tarifas custem mais de US$ 1 bilhão combinadas neste ano.

“Embora estejamos acompanhando de perto os desdobramentos no comércio global, nosso começo forte de ano, combinado com a demanda por aeronaves e nosso backlog de meio trilhão de dólares em produtos e serviços, nos dá a flexibilidade necessária para navegar neste ambiente”, disse Ortberg em um comunicado interno nesta quarta-feira.

Veja como a Boeing se saiu em comparação com as expectativas dos analistas consultados pela LSEG para o primeiro trimestre:

  • Prejuízo por ação: 49 centavos de dólar ajustado vs. perda esperada de US$ 1,29.
  • Receita: US$ 19,5 bilhões vs. US$ 19,45 bilhões esperados.

Por ação, a empresa reportou um prejuízo de 16 centavos de dólar, comparado a uma perda de 56 centavos de dólar no mesmo trimestre do ano anterior. Ajustando por itens pontuais relacionados a custos com pensões e impostos, entre outros, a Boeing registrou um prejuízo ajustado de 49 centavos de dólar por ação.

Ortberg, contratado no ano passado com a missão de tirar a fabricante de uma série de crises de segurança e produção, destacou avanços, incluindo o ritmo de produção do 737 Max.

Nos últimos meses, o CEO tem promovido melhorias nos processos de segurança e fabricação nas fábricas da Boeing, enquanto tenta conduzir a empresa após diversos acidentes — incluindo o caso de um plugue de porta que se soltou durante um voo lotado em pleno ar, em janeiro de 2024, depois que o 737 Max saiu da fábrica sem parafusos essenciais instalados. Não houve mortes nem ferimentos graves.

Na semana passada, a Boeing divulgou os resultados de uma pesquisa interna que mostrou que apenas 27% dos funcionários recomendariam fortemente trabalhar na empresa, e que 67% se sentiam orgulhosos de trabalhar na Boeing — número que era de 91% em 2013. Menos da metade dos respondentes disse confiar na capacidade da liderança sênior de “tomar decisões, comunicar direções e responder às preocupações levantadas pelos funcionários.”

Desde o acidente de janeiro de 2024, a Boeing precisa da aprovação da FAA para aumentar a produção do 737 Max acima de 38 unidades por mês. A produção vinha operando bem abaixo desse nível após o acidente e uma greve sindical de quase dois meses no ano passado, que paralisou grande parte da produção da empresa.

A receita da divisão de aviões comerciais da Boeing subiu 75% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior, chegando a US$ 8,1 bilhões, com as entregas aumentando para 130 aeronaves, ante 83 um ano antes.

“Estamos avançando na direção certa e fazendo progresso ao divulgarmos hoje nossos resultados do primeiro trimestre de 2025”, disse Ortberg no memorando de quarta-feira. “De entregar mais aviões a conquistar uma vitória transformadora com o caça do futuro, há muito trabalho bom acontecendo em nossas equipes, e estamos vendo resultados positivos nas quatro áreas-chave do nosso plano de recuperação que nos posicionarão para o restante do ano e além.”

A Boeing tem redirecionado seus esforços para seus negócios principais. Na terça-feira, anunciou que venderá partes de suas operações de aviação digital, incluindo a unidade de navegação Jeppesen, para a Thoma Bravo por US$ 10,55 bilhões em uma transação totalmente em dinheiro.

A receita da divisão de defesa, que tem enfrentado problemas com estouros de custos e questões de qualidade, caiu 9% no primeiro trimestre, para US$ 6,3 bilhões — embora a empresa tenha conseguido uma vitória importante recentemente, após Trump conceder à Boeing um contrato para construir o novo caça da Força Aérea dos EUA, batizado de F-47.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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