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Volkswagen registra queda de 37% no lucro do primeiro trimestre e diz que tarifas de Trump podem pesar na perspectiva

Publicado 30/04/2025 • 08:05 | Atualizado há 3 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • A gigante automobilística alemã Volkswagen reportou nesta quarta-feira (30) uma queda substancial no lucro do primeiro trimestre.
  • Os resultados vêm enquanto montadoras enfrentam incertezas relacionadas às tarifas automotivas do presidente dos EUA, Donald Trump.
  • O setor é conhecido por ser extremamente vulnerável à política comercial volátil de Trump, especialmente devido à forte globalização das cadeias de suprimentos e à alta dependência de operações de manufatura na América do Norte.
Bandeira americana tremula atrás do logotipo da Volkswagen exibido em uma concessionária Volkswagen em 4 de abril de 2025 em Pasadena, Califórnia.

Bandeira americana tremula atrás do logotipo da Volkswagen exibido em uma concessionária Volkswagen em 4 de abril de 2025 em Pasadena, Califórnia.

Mario Tama | Getty Images News | Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)

A gigante automobilística alemã Volkswagen reportou nesta quarta-feira (30) uma queda substancial no lucro do primeiro trimestre, enquanto a montadora lida com o impacto disruptivo das tarifas dos EUA sobre a indústria automobilística global.

A maior montadora da Europa reportou um lucro operacional de 2,9 bilhões de euros (US$ 3,3 bilhões) nos três primeiros meses do ano, uma queda de 37% em relação ao mesmo período do ano passado.

A Volkswagen registrou uma receita de vendas no primeiro trimestre de 77,6 bilhões de euros, alta de 2,8% em comparação com o primeiro trimestre de 2024. A empresa atribuiu o aumento a maiores vendas de veículos em mercados fora da China.

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No início deste mês, a Volkswagen alertou que o lucro operacional do primeiro trimestre provavelmente ficaria em torno de 2,8 bilhões de euros, citando efeitos especiais na ordem de 1,1 bilhão de euros.

Em uma declaração ad hoc em 9 de abril, a empresa reconheceu que o resultado preliminar do primeiro trimestre divergia significativamente das expectativas dos analistas, que giravam em torno de 4 bilhões de euros.

“Como esperado, o Grupo Volkswagen teve um início de ano fiscal misto”, disse Arno Antlitz, diretor financeiro e diretor de operações do Grupo Volkswagen, em comunicado.

“Dada a atual situação econômica global volátil, é ainda mais importante focar nas alavancas sob nosso controle. Isso significa complementar nossa excelente gama de produtos com uma base de custos competitiva — para que possamos garantir sucesso mesmo em mercados globais em rápida mudança”, disse Antlitz.

Outros destaques do primeiro trimestre incluíram:

  • A Volkswagen registrou 2,1 milhões de veículos vendidos nos três primeiros meses do ano, 0,9% acima do mesmo período de 2024.
  • Os pedidos de veículos na Europa Ocidental aumentaram 29% em relação ao ano anterior.
  • O fluxo de caixa livre ficou em −0,8 bilhão de euros, acima do registrado no ano anterior.
  • A Volkswagen havia registrado lucro operacional de 4,59 bilhões de euros no primeiro trimestre de 2024 e 6,15 bilhões de euros nos últimos três meses de 2024.

Para os próximos trimestres, a Volkswagen afirmou que espera que a margem operacional sobre vendas, o fluxo de caixa livre e a liquidez líquida fiquem na faixa inferior das previsões anuais, citando incertezas políticas, aumento de restrições comerciais e regulamentações de emissões.

As ações da Volkswagen subiam 0,9% às 8h23 no horário de Londres. O preço das ações acumula alta de quase 10% no ano.

Incerteza sobre tarifas

Os resultados chegam em um momento em que as montadoras enfrentam incertezas em relação às tarifas automotivas em andamento do presidente dos EUA, Donald Trump.

O setor é conhecido por ser extremamente vulnerável à política comercial oscilante de Trump, especialmente por conta da alta globalização das cadeias de suprimento e da forte dependência de operações de manufatura na América do Norte.

Na terça-feira (29), Trump assinou uma ordem executiva para aliviar algumas tarifas automotivas, proporcionando certo alívio ao setor global.

As tarifas de 25% sobre veículos importados para os EUA continuarão, mas as novas medidas visam reduzir o nível geral de tributos sobre as importações de veículos que vinham sendo impactadas por tarifas separadas — como uma tarifa adicional de 25% sobre aço e alumínio — que acabavam “se acumulando”.

Sob a mais recente ordem da Casa Branca, as tarifas adicionais de 25% sobre autopeças, previstas para entrar em vigor em 3 de maio, também ainda serão aplicadas, mas os veículos que passarem por montagem final nos EUA poderão qualificar-se para reembolsos parciais desses encargos por um período de dois anos.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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