Ronaldo na CBF: o Fenômeno pode fazer a confederação ganhar mais dinheiro?
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Publicado 17/12/2024 • 15:26 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
Depois de expressar em algumas oportunidades a intenção de presidir a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ronaldo Fenômeno afirmou em entrevista que vai começar uma campanha para tentar concretizar esse desejo. O ex-atleta ajudou a construir a história com a CBF –afinal, ele venceu duas Copas (1994 e 2002) e foi vice em outra (1998).
Se for escolhido, uma de suas tarefas vai ser aumentar as receitas da confederação. A CBF poderia conseguir contratos mais vantajosos, afirmam especialistas.
A organização possui R$ 1,04 bilhão em caixa, segundo relatório da consultoria Sports Value, que estuda as finanças da organização há décadas.
Em 2023, conforme balanço apresentado em assembleia, a receita da CBF foi de R$ 1,172 bilhão, acima dos R$ 1,147 bilhão registrados no mesmo período do ano anterior. Foi a maior receita nominal da história. Confira:
Pode parecer muito dinheiro, mas, para a consultoria Sports Value, o valor arrecadado pela entidade é baixo. O potencial comercial do futebol brasileiro, especialmente no exterior, seria bem maior do que esse: “A CBF precisa ampliar o impacto do futebol brasileiro, gerando mais riqueza para os clubes e competições”, afirma Amir Somoggi, sócio-diretor da Sports Value.
A possível chegada de Ronaldo Fenômeno à presidência pode ajudar na reconstrução do futebol brasileiro e, consequentemente, contribuir para o sucesso financeiro da CBF. “Tudo depende de qual será o perfil de administração que vai implementar”, disse Somoggi.
Ainda de acordo com um levantamento da Sports Value, a CBF tem despesas administrativas e gastos com salários de pessoal do que com a seleção principal.
Em 2023, os gastos com a seleção principal ficaram em R$ 88 milhões, enquanto os gastos administrativos fecharam o ano em R$ 162 milhões. Veja o histórico:
No início do mês, a CBF e a Nike renovaram o contrato de fornecimento de material esportivo até 2038. O acordo é considerado o maior da história da confederação e o maior envolvendo seleções nacionais de futebol.
O valor da parceria será de US$ 100 milhões por ano (R$ 608 milhões, na cotação atual), além de royalties e valores variáveis que podem elevar os ganhos da CBF para até R$ 1 bilhão por ano.
A Nike fornece material para a seleção brasileira desde 1996, e deve estar estampada na camisa da seleção masculina de futebol nas próximas quatro Copas do Mundo.
Os salários da CBF estão de acordo com o estatuto da entidade, que é privada e não recebe recursos públicos.
O atual presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, recebe R$ 383,6 mil por mês – ele também tem direito a um 13º salário. Se isso se manter, em um ano, Ronaldo vai receber uma cifra de quase R$ 5 milhões. A informação foi divulgada pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
A título de comparação, o salário anual de Ronaldo, portanto, representará uma parte bastante irrisória da receita de 2023 da CBF: apenas 0,4%. Em relação ao seu patrimônio atual – avaliado em aproximadamente R$ 1 bilhão, segundo o Estadão – o salário de Ronaldo representará 0,5%.
Em entrevista ao GE, Ronaldo contou que tem negociações para vender o Real Valladolid, da Espanha, time do qual é dono, para se dedicar à corrida eleitoral. Ele disse estar “100% preparado e motivado” para esse desafio, e que tem a intenção de conversar com ex-atletas e “lendas do futebol” durante sua possível gestão para tornar a CBF a empresa “mais amada do Brasil”.
Ronaldo também já esteve envolvido com a administração de clubes de futebol quando era dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro, mas vendeu em abril deste ano.
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