“As obrigações contratuais são uma régua mínima”, diz CEO da Catedral sobre concessão da Rodoviária do Plano Piloto

A concessão da Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, foi tema de debate durante o evento Brasil 2030 Concessões e Consumo: Caminhos para o desenvolvimento do Brasil, promovido pelo Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, em Brasília.

O CEO da Concessionária Catedral, Enrico Capecci, destacou a importância de iniciativas que vão além das exigências previstas em contrato e defendeu que o foco da operação deve estar nas necessidades dos usuários.

“As obrigações contratuais são uma régua mínima. Temos sempre que olhar para a necessidade do usuário, ele é nosso primeiro cliente e a quem devemos direcionar nossos olhares”, afirmou Capecci, ao comentar o modelo de gestão adotado pela empresa desde que assumiu a operação do terminal rodoviário.

O executivo ressaltou o processo de preparação da concessão, que incluiu quatro anos de estudos técnicos, manifestações de interesse e audiências públicas. Para ele, o governo do Distrito Federal atuou de forma criteriosa ao estruturar um edital adaptado às demandas reais dos usuários.

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Entre as características do contrato, Capecci citou a ausência de exigência de outorga fixa inicial, prática que permite direcionar recursos diretamente para os investimentos no serviço. “Isso pode ser revertido para obrigações que os usuários irão sentir de forma muito latente”, observou.

O CEO relatou também ações implantadas pela concessionária de forma antecipada. Um exemplo foi o Centro de Controle Operacional da rodoviária, cuja entrega estava prevista para 12 meses após o início da concessão, mas entrou em operação antes mesmo da assunção formal do contrato. Segundo ele, a medida priorizou a segurança e a eficiência das operações no terminal.

Outro projeto voluntário mencionado foi a implantação da sala multissensorial, espaço dedicado a pessoas com transtorno do espectro autista. Capecci informou que o ambiente foi inaugurado antes do início oficial da concessão para atender as necessidades específicas desse público.

A concessionária também incorporou tecnologias de inteligência artificial no sistema de segurança, com o uso de câmeras com reconhecimento facial, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do DF. O objetivo, de acordo com o executivo, é aprimorar o monitoramento do terminal, considerado o maior equipamento público de transporte do Brasil em volume de passageiros.

Por fim, Capecci anunciou que a empresa está implantando a certificação ISO 19000 nos principais processos da rodoviária, com foco na melhoria contínua e na capacitação dos colaboradores. Segundo ele, essas ações integram o compromisso da concessionária em prestar um serviço de qualidade à população. “Investir na equipe e nos processos é garantir que o usuário se sinta acolhido e bem atendido”, concluiu.

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Cido Coelho

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