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CNBC Casa Branca “perto da linha de chegada” em alguns acordos comerciais, diz vice-secretário

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Ações têm resultado misto após Trump acusar China de violar acordo tarifário

Publicado 30/05/2025 • 19:55 | Atualizado há 4 dias

AFP

KEY POINTS

  • O presidente Trump acusou a China de violar um acordo comercial, reacendendo o risco de novas tarifas e elevando a incerteza sobre as negociações entre as duas maiores economias do mundo.
  • Enquanto o Dow Jones subiu modestamente e o S&P 500 ficou estável, o Nasdaq caiu 0,3%, refletindo o impacto limitado das ameaças comerciais e o maior foco dos investidores nos dados de inflação (PCE) mais amenos.
  • Na Europa, bolsas majoritárias fecharam com performances divergentes e o BCE se prepara para possível corte de juros, ao passo que o dólar se fortaleceu e o petróleo recuou antes da reunião da OPEP+, deixando investidores atentos aos próximos passos das políticas monetárias e tarifárias.

O presidente dos EUA, Donald Trump, realiza um evento policial no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, D.C., em 19 de maio de 2025.

Joyce N. Boghosian / Casa Branca / Flickr

As ações globais fecharam de forma mista nesta sexta-feira (30), após o presidente Donald Trump reacender as tensões comerciais entre Estados Unidos e China ao afirmar que Pequim “violou totalmente” um acordo com Washington.

Sua postagem nas redes sociais veio poucas horas após o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, dizer que as negociações comerciais com a China, que visavam encerrar as tarifas elevadas mútuas — atualmente suspensas — estavam “um pouco emperradas”.

Essa situação pode reacender as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

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Desempenho dos mercados

Em Wall Street, o índice Dow Jones Industrial Average fechou em alta, enquanto o índice S&P 500 se manteve estável, e o Nasdaq Composite, focado em tecnologia, caiu 0,3%.

“Se não fosse pela guerra comercial, o mercado estaria se sentindo muito bem”, disse Tom Cahill, da Ventura Wealth Management.

“A inflação está definitivamente indo na direção certa”, acrescentou, referindo-se ao índice de inflação preferido do Federal Reserve, que esfriou mais do que o esperado no mês passado, de acordo com novos dados divulgados na sexta-feira.

Na Europa, as principais bolsas de Londres e da Alemanha fecharam em alta, enquanto o CAC40 da França fechou em baixa, após quedas nos mercados asiáticos mais cedo no dia.

Abordagem ‘indiplomática’

“Se o presidente Trump voltar a impor tarifas sobre as importações chinesas para os EUA… podemos ver a demanda por ativos americanos e pelo dólar severamente prejudicada por uma abordagem caótica e indiplomática da política comercial”, disse Kathleen Brooks, diretora de pesquisa da XTB.

Apesar das preocupações persistentes sobre a relação econômica entre EUA e China, os mercados pouco mudaram com a crítica de Trump nas redes sociais, com investidores parecendo estar em grande parte acostumados ao ciclo já conhecido do presidente dos EUA de fazer ameaças dramáticas e depois recuar.

Investidores, operadores e analistas focaram, em vez disso, nos dados do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) do Departamento de Comércio, que subiu 2,1% nos 12 meses até abril — esfriando um pouco mais do que o esperado.

Impacto das tarifas e decisões judiciais

Apesar das boas notícias para o Fed, que busca trazer a inflação para sua meta de longo prazo de 2%, analistas alertaram que os efeitos inflacionários completos das tarifas de Trump ainda estavam por vir, e isso poderia fazer o Fed manter sua postura de observação e espera.

“O verdadeiro peso dessas políticas provavelmente surgirá mais plenamente nos próximos meses”, disse Fawad Razaqzada, analista de mercado da FOREX.com.

Os investidores também estavam avaliando o impacto de uma decisão judicial dos EUA que invalidou a maioria das tarifas abrangentes de Trump — embora um tribunal de apelações tenha suspendido essa ordem e a Casa Branca tenha prometido que seus objetivos tarifários seriam perseguidos de uma forma ou de outra.

O resultado deixa os planos tarifários de Trump em uma espécie de “limbo jurídico”, disse Stephen Innes, da SPI Asset Management, acrescentando que esse tipo de impasse legal é “o tipo que mantém os operadores acordados à noite”.

Tendências econômicas na Europa e no mercado de petróleo

Na zona do euro, as taxas de juros estavam em foco depois que dados oficiais mostraram a inflação pairando em torno da meta de 2% do Banco Central Europeu.

Os preços ao consumidor na principal economia da UE, a Alemanha, mostraram um aumento de 2,1% em maio — o mesmo que no mês anterior — enquanto caíram para 1,9% na Espanha e para 1,7% na Itália.

O BCE parece prestes a reduzir as taxas de juros novamente na quinta-feira.

O dólar ganhou força em relação às principais moedas, enquanto os preços do petróleo caíram antes de uma reunião no sábado de oito membros-chave da OPEP+ para decidir as cotas de produção para julho, com alguns analistas prevendo que o cartel poderia fazer um aumento de oferta maior do que o esperado.

Números chave por volta das 17h30 (Horário de Brasília)

  • Nova York – Dow: ALTA de 0,1% em 42.270,07 pontos (fechamento)
  • Nova York – S&P 500: BAIXA de menos de 0,1% em 5.911,69 (fechamento)
  • Nova York – Nasdaq Composite: BAIXA de 0,3% em 19.113,77 (fechamento)
  • Londres – FTSE 100: ALTA de 0,6% em 8.772,38 (fechamento)
  • Paris – CAC 40: BAIXA de 0,4% em 7.751,89 (fechamento)
  • Frankfurt – DAX: ALTA de 0,3% em 23.997,48 (fechamento)
  • Tóquio – Nikkei 225: BAIXA de 1,2% em 37.965,10 (fechamento)
  • Hong Kong – Índice Hang Seng: BAIXA de 1,2% em 23.289,77 (fechamento)
  • Xangai – Composite: BAIXA de 0,5% em 3.347,49 (fechamento)
  • Euro/dólar: BAIXA a US$1,1349 de US$1,1368 na quinta-feira (29)
  • Libra/dólar: BAIXA a US$1,3463 de US$1,3494
  • Dólar/iene: BAIXA a 143,97 ienes de 144,19 ienes
  • Euro/libra: ALTA a 84,30 pence de 84,22 pence
  • Petróleo Brent do Mar do Norte: BAIXA de 0,4% a US$ 63,90 por barril
  • West Texas Intermediate: BAIXA de 0,3% a US$ 60,79 por barril

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