O dólar fechou em queda nesta terça-feira (4) pelo 12º dia consecutivo, um recorde de sessões em que a moeda cai. A cotação ficou em R$ 5,771, uma queda de 0,76%.
A última vez que a moeda fechou abaixo de R$ 5,80 foi em 19 de novembro de 2024, quando o valor de fechamento foi de R$ 5,768. Naquele mês, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o pacote fiscal do governo e, no mesmo dia, anunciou que o governo queria elevar a faixa de renda isenta de Imposto de Renda para R$ 5.000, o que fez a cotação da moeda subir.
Em 2025, a moeda americana já se desvalorizou em 6,27%.
O movimento do câmbio também ocorre em um contexto de incertezas globais, particularmente com a intensificação da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Nesta terça-feira, a China anunciou tarifas adicionais sobre produtos norte-americanos, como petróleo bruto, equipamentos agrícolas, automóveis e carvão, o que pode exacerbar as pressões sobre a inflação global e afetar os investimentos em mercados emergentes, como o Brasil.
“Já ajuda muito”
Haddad afirmou nesta terça-feira que a pressão sobre os preços dos alimentos deve diminuir nos próximos meses, que a queda do dólar é um dos motivos para isso (ele também citou a safra deste ano, que pode ser melhor que a de 2024).
“O dólar estava a R$ 6,10, está a R$ 5,80. Isso já ajuda muito”, afirmou o ministro ao ser questionado sobre a mais recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que apontou um cenário adverso para inflação dos alimentos no médio prazo.
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