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Após 32 recordes, Ibovespa B3 fecha o ano com alta de 34%; dólar caiu 11%

Publicado 30/12/2025 • 18:00 | Atualizado há 18 minutos

KEY POINTS

  • Ibovespa B3 fecha 2025 com alta de 34% e renova máximas históricas 32 vezes ao longo do ano
  • Dólar cai 11% em 2025, encerra o ano a R$ 5,49 e reflete maior fluxo para ativos brasileiros
  • Bolsa brasileira tem desempenho impulsionado por juros nos EUA e rotação global de investimentos
Entrada de um dos prédios da Bolsa de Valores/B3

Foto: divulgação/B3.

A Bolsa de Valores está funcionando nesta quinta-feira (1º)?

O Ibovespa B3 encerrou o ano de 2025 com valorização de 34%, o melhor desempenho anual desde 2016, quando o principal índice da bolsa brasileira avançou 38,9%, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta.

O resultado consolida um ano marcado por forte entrada de capital, reprecificação de ativos e 32 renovações de máximas históricas ao longo dos últimos doze meses.

No último pregão do ano, o desta terça-feira (30), o Ibovespa B3 fechou em alta de quase 1%, aos 162 mil pontos. A moeda americana, por sua vez, terminou negociada a R$ 5,49, acumulando queda de 11% em 2025.

Um ano atrás, o índice estava em torno dos 120 mil pontos, enquanto o dólar era cotado a R$ 6,18, o que evidencia a mudança significativa no humor dos mercados em relação ao Brasil.

Desempenho do Ibovespa B3 marca virada histórica

A alta de 35% do Ibovespa ocorre mesmo em um ambiente doméstico de juros elevados. A taxa Selic encerra 2025 em 15% ao ano, o maior patamar em duas décadas, o que, em tese, costuma reduzir a atratividade da renda variável. Ainda assim, o mercado acionário brasileiro conseguiu se destacar entre os emergentes, sustentado por fatores externos e internos.

Em 2025, o índice bateu recordes em 32 sessões, refletindo uma combinação de fluxo estrangeiro consistente, recuperação de ações que ainda negociavam abaixo dos níveis pré-pandemia e uma leitura mais favorável sobre o risco Brasil no médio prazo.

Juros nos EUA e fluxo para emergentes impulsionaram o Ibovespa B3

O cenário internacional teve peso decisivo sobre o desempenho do Ibovespa B3. Um dos principais vetores foi a mudança de postura do Federal Reserve (Fed). O banco central americano cortou os juros três vezes ao longo de 2025, reduzindo a taxa da faixa de 4,25%–4,50% para 3,50%–3,75% ao ano, o menor nível desde setembro de 2022.

Na prática, a queda dos juros nos Estados Unidos diminuiu a atratividade das Treasuries, os títulos do governo americano considerados os mais seguros do mundo. Esse movimento levou investidores globais a buscar retornos maiores em mercados emergentes, favorecendo ativos brasileiros, tanto na bolsa quanto no câmbio. A expectativa de novos cortes em 2026 reforçou esse fluxo.

Realocação global e expectativas políticas ajudam o Brasil

Além do efeito dos juros americanos, analistas destacam a realocação de investimentos diante das incertezas fiscais e da política econômica nos Estados Unidos, especialmente com o retorno de Donald Trump ao centro do debate eleitoral. Nesse contexto, o Brasil passou a ser visto como alternativa relativa, beneficiando o Ibovespa B3.

Também contribuíram para o desempenho positivo a expectativa de cortes de juros no Brasil a partir de 2026, a maior resiliência do país nas tensões comerciais com os EUA, o que reduziu impactos sobre empresas exportadoras, e a percepção de que muitas ações brasileiras ainda estavam subavaliadas.

O calendário político também entrou no radar. A proximidade das eleições de 2026 elevou apostas em possíveis mudanças na condução das contas públicas, o que ajudou a sustentar o apetite por risco ao longo do segundo semestre.

Valor de mercado revela quem ganhou e quem perdeu em 2025

Segundo análise de Einar Rivero, da Elos Ayta, a variação do valor de mercado das empresas listadas na B3 em 2025 oferece uma leitura clara, em termos absolutos, da criação e da destruição de riqueza para os acionistas. Diferentemente da simples variação das ações, o valor de mercado mostra quanto capital foi efetivamente adicionado ou perdido.

Entre as maiores valorizações do ano, o setor bancário se destacou. Das cinco empresas que mais ganharam valor de mercado, três são bancos. O BTG Pactual liderou o ranking, com aumento de R$ 150,4 bilhões até 23 de dezembro, seguido pelo Itaú Unibanco, com avanço de R$ 131,1 bilhões. A Vale completou o pódio, adicionando R$ 78,3 bilhões em valor de mercado no período.

Estatais concentram perdas e pesam no agregado

Do lado negativo, as maiores perdas de valor de mercado em 2025 chamam atenção pela presença de estatais. A Petrobras liderou as desvalorizações, com redução de R$ 87,0 bilhões até 23 de dezembro. O Banco do Brasil também figurou entre as maiores quedas, com perda de R$ 13,8 bilhões. Ambipar e Weg completam o grupo das três maiores perdas, com retrações de R$ 21,2 bilhões e R$ 18,8 bilhões, respectivamente.

Somadas, Petrobras e Banco do Brasil concentraram uma redução de R$ 100,8 bilhões em valor de mercado, montante superior à soma das perdas das outras oito empresas que integram a lista das maiores desvalorizações do ano, o que evidencia o peso desproporcional das estatais nos números agregados da Bolsa.

Criação de valor foi desigual entre setores

O levantamento também mostra que o desempenho da bolsa em 2025 esteve longe de ser homogêneo. Alguns setores aparecem simultaneamente entre as maiores altas e quedas, refletindo trajetórias muito distintas dentro de um mesmo segmento. No saneamento, a Sabesp figura entre as maiores valorizações, enquanto a Ambipar aparece entre as maiores perdas. Em energia elétrica, Axxia Energia se destacou positivamente, enquanto Energisa Mato Grosso registrou desvalorização relevante. Nos serviços de saúde, a Rede D’Or ganhou valor, ao passo que a Hapvida perdeu espaço.

O comportamento do Ibovespa B3 ao longo de 2025 mostra que, mais do que seguir índices, o mercado precificou de forma seletiva modelos de negócio, estruturas de capital e percepções de risco. O resultado foi um ano histórico para a bolsa brasileira, com forte valorização do índice, queda expressiva do dólar e uma redistribuição significativa de valor entre empresas e setores.

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