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5 temas para acompanhar em 2025
Publicado 10/03/2025 • 13:11 | Atualizado há 3 meses
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KEY POINTS
Wall Street
Getty Images
O ano finalmente começou e agora é hora de saber: o que fazer? Se fizermos essa pergunta para a Bolsa americana, ela pode responder: muito lucro. O S&P500 caminha para fechar o ano segundo ano seguido com retorno de mais de 20%, sustentado pela expectativa de pouso suave da economia em sua recuperação pós-Covid e por bons resultados corporativos. Mas quão sustentável é esse movimento? Quais são os riscos a esse bull market?
O banco central americano já iniciou seu ciclo de cortes das taxas de juros, mas há pouco consenso sobre o ritmo desse movimento nas próximas reuniões. Mesmo a reunião de dezembro tem apostas divididas entre manutenção e um novo corte de 0,25 ponto percentual. Juros em queda estimulam o consumo, diminuem os custos das empresas e tendem a trazer mais fluxo para o mercado de capitais, então esse, que já foi protagonista de 2024, será um dos grandes temas do ano que vem.
Provavelmente você já escutou que o segundo governo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, pode ser inflacionário, com maior protecionismo e fechamento de fronteiras em foco, o que faria toda a diferença para o nosso primeiro tema. Também pode ter visto algo sobre a dívida pública americana, que está em níveis recordes. Fora isso, seu posicionamento de estímulo aos criptoativos, suas promessas de diminuição de impostos, incentivo à indústria nacional e a combustíveis fósseis e uma possível mudança de postura em relação aos conflitos geopolíticos mundiais são apenas alguns dos tópicos relacionados à nova administração que terão impactos diretos no mercado.
Infelizmente, os conflitos que geraram incerteza e volatilidade para o cenário global em 2024 seguirão no radar no ano que vem, com impactos potenciais em ativos como petróleo e ouro, além da inflação global, e trazendo maiores chances de volatilidade para os mercados.
A expectativa pelo amplo uso da inteligência artificial (IA) foi um dos grandes temas do mercado em 2024, com empresas envolvidas diretamente na tese, como fabricantes de semicondutores e desenvolvedoras de software, entre as principais vencedoras da bolsa ao longo de todo o ano. A perspectiva pode continuar sendo positiva para essas empresas, mas é hora de começar a olhar para essa tese por outro ângulo: quais outros setores podem ter os maiores ganhos de produtividade a partir do uso dessa tecnologia? E quais tendem a colher esses frutos primeiro? Além disso, ganhos sustentáveis de produtividade a partir de tecnologia podem gerar crescimento de PIB sem pressionar a inflação: o melhor dos mundos.
Dolarizar o patrimônio é uma estratégia de longo prazo e estrutural, e não uma movimentação tática para responder a cenários específicos. Dito isto, o momento atual é um ótimo reforço para essa estratégia. Temores sobre a saúde das contas públicas brasileiras seguem pressionando o câmbio, e continuarão no radar na virada para 2025.
Danilo Igliori
Economista-chefe da Nomad. Professor do Departamento de Economia da FEA-USP, PhD pela Universidade de Cambridge. Foi um dos fundadores da DataZAP, no Brasil já atuou em empresas como BTG Pactual, Unibanco, Vale, Grupo Zap e OLX, e no Reino Unido, em agências internacionais como Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Paula Zogbi
Gerente de Research e Head de conteúdo na Nomad, tem mais de 10 anos de experiência no mercado financeiro, foi head de conteúdo na XP, analista na Rico e jornalista na InfoMoney e EXAME. É graduada em jornalismo pela USP e tem certificação CNPI pela Apimec.
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