A Food and Drug Administration (FDA) aprovou nesta segunda-feira (22) o primeiro medicamento oral da classe GLP-1 para o tratamento da obesidade, desenvolvido pela Novo Nordisk, fabricante do Ozempic. Especialistas consideram a decisão um marco, com potencial para ampliar o acesso ao tratamento ao eliminar a necessidade de injeções.
Segundo a farmacêutica dinamarquesa, a dose inicial de 1,5 miligrama estará disponível no mercado americano no início de janeiro, com preço de US$ 149 por mês. A empresa já comercializa versões injetáveis da classe, como o Wegovy, usadas tanto para obesidade quanto para diabetes.
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A aprovação dá à Novo Nordisk uma vantagem estratégica sobre sua principal rival, a Eli Lilly, que atualmente domina o mercado de medicamentos para perda de peso e corre para lançar seu próprio comprimido contra obesidade. As pílulas passaram a ser vistas como o próximo campo de batalha entre as duas empresas que impulsionaram o crescimento acelerado do segmento de GLP-1.
Analistas estimam que o mercado global desses medicamentos deve alcançar cerca de US$ 100 bilhões até a década de 2030, impulsionado pela demanda crescente por tratamentos mais práticos e de uso contínuo.
Em Wall Street, a expectativa é de que os medicamentos orais conquistem uma fatia relevante desse mercado. Um analista do Goldman Sachs afirmou à CNBC, em agosto, que os comprimidos podem responder por 24% do mercado global de remédios para perda de peso em 2030, o equivalente a aproximadamente US$ 22 bilhões.
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Com a aprovação da FDA, a Novo Nordisk se antecipa na corrida por essa nova etapa do mercado de obesidade, enquanto investidores acompanham de perto os próximos movimentos da concorrência e o impacto da novidade sobre preços, adesão ao tratamento e participação de mercado.
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