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Atas do Fed revelam divisão de membros sobre corte de juros
Publicado 30/12/2025 • 17:07 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 30/12/2025 • 17:07 | Atualizado há 3 horas
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Fed optou por baixar juros no início de dezembro
O Federal Reserve divulgou nesta terça-feira (30) as atas de sua reunião ocorrida no início de dezembro, que terminou com uma votação para baixar as taxas de juros novamente, em uma decisão ainda mais apertada do que o resultado final indicou.
As autoridades expressaram opiniões distintas durante a reunião de 9 e 10 de dezembro, de acordo com o resumo divulgado um dia antes do padrão, em função do feriado de Ano Novo.
Por fim, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) aprovou um corte de um quarto de ponto percentual por uma votação de 9 a 3, o maior número de dissidências desde 2019, enquanto as autoridades debatiam sobre a necessidade de apoiar o mercado de trabalho contra preocupações com a inflação. O movimento reduziu a taxa básica de juros para uma faixa de 3,5%-3,75%.
“A maioria dos participantes julgou que ajustes adicionais para baixo na meta para a taxa de juros federais seriam apropriados se a inflação diminuísse ao longo do tempo conforme o esperado”, declarou o documento.
Com isso, no entanto, vieram receios sobre o quão agressivo o FOMC deve ser no futuro.
“Em relação à extensão e ao momento de ajustes adicionais na faixa-alvo para a taxa de juros federais, alguns participantes sugeriram que, sob suas perspectivas econômicas, provavelmente seria apropriado manter a faixa-alvo inalterada por algum tempo após uma redução da faixa nesta reunião”, diz a ata.
As autoridades expressaram confiança de que a economia continuará a se expandir em um ritmo “moderado”, enquanto viram riscos de baixa para o emprego e riscos de alta para a inflação. A extensão das duas dinâmicas dividiu os formuladores de políticas do FOMC, com indicações de que a votação poderia ter ido para qualquer lado, apesar da vitória de seis votos pelo corte.
“Alguns daqueles que apoiaram a redução da taxa de política nesta reunião indicaram que a decisão foi finamente equilibrada ou que poderiam ter apoiado a manutenção da faixa-alvo inalterada”, diz a ata.
A votação também veio com uma atualização trimestral do Resumo de Projeções Econômicas do comitê, incluindo o gráfico de pontos (“dot plot”) de expectativas de taxas das autoridades individuais, que é observado de perto.
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As 19 autoridades na reunião de dezembro — 12 votam sobre as taxas — indicaram a probabilidade de outro corte em 2026 e mais um em 2027. Isso levaria a taxa de juros para perto de 3%, um nível que as autoridades consideram neutro, pois não restringe nem impulsiona o crescimento econômico.
A parcela favorável a manter a taxa estável “expressou preocupação de que o progresso em direção ao objetivo de inflação de 2% do Comitê tenha estagnado em 2025 ou indicou que precisava ter mais confiança de que a inflação estava sendo reduzida de forma sustentável para o objetivo do Comitê”.
As autoridades disseram que as tarifas do presidente americano Donald Trump estavam impulsionando a inflação, mas também concordaram que o impacto seria temporário e provavelmente diminuiria em 2026.
Desde a votação, os relatórios econômicos apontaram para um mercado de trabalho onde a contratação ainda é lenta, mas as demissões não aceleraram. Do lado dos preços, a inflação tem cedido lentamente, mas permanece a uma distância da meta de 2% do Fed.
Ao mesmo tempo, a economia em geral continua com um bom desempenho. O Produto Interno Bruto (PIB) disparou no terceiro trimestre, subindo a um ritmo anualizado de 4,3%, bem à frente das estimativas e meio ponto percentual melhor do que o segundo trimestre.
No entanto, a maioria dos dados carrega uma ressalva significativa: os relatórios ainda estão atrasados, pois as agências governamentais estão reunindo dados do período de paralisação (“shutdown”). Mesmo os relatórios mais atuais, ao menos de fontes oficiais, estão sendo ponderados com cautela devido às lacunas de dados.
Consequentemente, os mercados esperam que o FOMC permaneça estável nas próximas reuniões, enquanto os formuladores de políticas avaliam os dados recebidos. A temporada de festas foi tranquila para os comentários das autoridades do Fed, e as poucas manifestações mostram, em sua maioria, cautela ao entrar no novo ano.
A composição do comitê também está prestes a mudar, com quatro novos presidentes regionais assumindo papéis de voto. Serão eles: a presidente de Cleveland, Beth Hammack, que expressou oposição não apenas a cortes adicionais, mas também aos anteriores; a presidente da Filadélfia, Anna Paulson, que se juntou às “pombas” (doves) do FOMC ao expressar preocupação com a inflação; a presidente de Dallas, Lorie Logan, que manifestou preocupações sobre cortes; e o presidente de Minneapolis, Neel Kashkari, que disse que não teria votado pelo corte de outubro.
Também na reunião, o comitê votou pela retomada de seu programa de compra de títulos. Sob a nova configuração, o Fed adquirirá títulos do Tesouro de curto prazo em um esforço para acalmar as pressões nos mercados de financiamento de curto prazo.
O banco central iniciou o programa comprando US$ 40 bilhões (cerca de R$ 222,8 bilhões, na cotação atual) por mês em títulos, permanecendo nesse nível por vários meses antes de reduzir o ritmo. Um esforço anterior para reduzir o balanço patrimonial viu o Fed cortar suas participações em cerca de US$ 2,3 trilhões (R$ 12,81 trilhões) para os atuais US$ 6,6 trilhões (R$ 36,76 trilhões).
A ata observou que, a menos que o programa de compra, conhecido nos mercados como flexibilização quantitativa (QE), fosse reiniciado, isso poderia resultar em “declínios significativos nas reservas”, que cairiam abaixo do regime de reservas “amplas” do Fed para o sistema bancário.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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