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Por cautela com o mercado de trabalho e inflação, Banco da Inglaterra corta juro para 4%
Publicado 07/08/2025 • 09:50 | Atualizado há 7 horas
Publicado 07/08/2025 • 09:50 | Atualizado há 7 horas
Unsplash
Banco da Inglaterra (BoE)
O Banco da Inglaterra (BoE) reduziu nesta quinta-feira (7) sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 4%, após nova reunião de política monetária. A decisão, que já era esperada por analistas, marca o quinto corte desde o início do ciclo de afrouxamento em agosto de 2024.
O movimento vem em meio a sinais de desaceleração do mercado de trabalho britânico e à redução de incertezas no ambiente internacional, especialmente após o Reino Unido e os Estados Unidos firmarem um acordo comercial que estabelece tarifas recíprocas de 10% — um alívio diante da postura mais dura do governo Trump com outros países.
No comunicado, o BoE destacou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) segue contido, em linha com um mercado de trabalho em processo “gradual de flexibilização”. O banco também reforçou que o crescimento salarial, embora ainda elevado, vem desacelerando.
A reunião foi marcada por uma divisão incomum entre os dirigentes. Foi a primeira vez que o Comitê de Política Monetária (MPC) teve de recorrer a duas rodadas de votação para chegar a uma decisão majoritária.
Na primeira rodada, o membro Swati Dhingra defendeu um corte de 50 pontos-base, enquanto Greene, Lombardelli, Mann e Pill votaram por manter a taxa inalterada. Ao perceber que sua posição não ganharia maioria, Taylor mudou seu voto para 25 pontos-base no segundo turno, formando maioria pela redução.
A decisão reflete uma abordagem mais cautelosa do Banco diante das pressões inflacionárias ainda persistentes no setor de serviços e do comportamento dos salários.
“O caminho da desinflação nas pressões subjacentes sobre preços e salários continuou, embora em graus diferentes”, destacou o BC britânico.
O BoE enfatizou que, apesar da redução de hoje, a política monetária segue restritiva e que os próximos passos dependerão da evolução dos dados. O banco adotou um tom prudente sobre novos cortes, afirmando não haver um “caminho pré-definido”.
“O momento e o ritmo das futuras reduções dependerão da medida em que as pressões desinflacionárias subjacentes continuarem a diminuir”, afirmou o comunicado.
Segundo o banco, uma retirada adicional da contenção monetária será feita de forma “gradual e cuidadosa”, com foco em manter a inflação em trajetória de convergência para a meta.
A decisão ocorreu em um contexto de esfriamento econômico no Reino Unido, com crescimento fraco e inflação ainda acima da meta, mas em queda. A taxa de inflação ao consumidor (CPI) está em 3,2% ao ano — acima do alvo de 2%, mas longe dos picos recentes.
O corte de hoje reforça o movimento global de transição de políticas monetárias mais rígidas para uma postura levemente mais branda e propensa a corte de juros, acompanhando os sinais de desaceleração em economias desenvolvidas.
Ainda assim, o BoE manteve o foco em evitar pressões de segunda ordem vindas do mercado de trabalho, e deve continuar calibrando seus movimentos com base na evolução de salários, serviços e núcleo da inflação.
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