Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Coreia do Norte promete acelerar arsenal nuclear após exercícios militares conjuntos entre Coreia do Sul e EUA
Publicado 19/08/2025 • 16:52 | Atualizado há 3 meses
Starbucks vende controle para chineses em maior mercado de fast food do mundo
OpenAI lança aplicativo de IA para dispositivos Android
Toyota projeta lucro maior apesar de prejuízo bilionário com tarifaço dos EUA
Gigante de navegação Maersk eleva projeções; CEO diz que comércio global está mais resiliente
Embraer oferece vagas sem necessidade de experiência prévia; veja como se candidatar
Publicado 19/08/2025 • 16:52 | Atualizado há 3 meses
KEY POINTS
Imagem mostra o Líder Supremo da Coreia do Norte, Kim Jong-Un
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, não vê com bons olhos a intenção dos EUA de criar um escudo antimísseis referido por Donald Trump como "Cúpula Dourada" (Imagem: Kremlin.ru/Reprodução)
Após o início de um grande exercício militar conjunto entre Coreia do Sul e Estados Unidos, o governo norte-coreano prometeu fortalecer rapidamente seu arsenal nuclear, segundo a mídia estatal nesta terça-feira (19).
Durante uma visita ao porto de Nampo, na segunda-feira (18), o líder Kim Jong-un inspecionou o destróier Choe Hyon, navio de guerra equipado com sistemas nucleares e considerado o mais avançado do país.
O exercício Ulchi Freedom Shield, realizado anualmente no verão, começou enquanto Kim visitava o navio. A operação, com duração prevista de 11 dias, envolve 21 mil militares — sendo 18 mil sul-coreanos — e inclui simulações virtuais e treinamentos práticos para aprimorar a defesa diante das ameaças do Norte.
A liderança norte-coreana há tempos classifica as manobras conjuntas como preparativos para invasão, utilizando-as como justificativa para avançar no desenvolvimento de armamentos nucleares e realizar demonstrações militares. Kim afirmou que os exercícios “demonstram hostilidade e uma suposta vontade de iniciar uma guerra”, acrescentando que a presença de “elemento nuclear” tornou o treinamento mais provocativo e exige uma resposta “proativa e avassaladora” por parte da Coreia do Norte, informou a agência KCNA.
Segundo Kim Jong-un, “o ambiente de segurança ao redor da Coreia do Norte está ficando mais sério a cada dia e a situação exige uma mudança radical e rápida na teoria e prática militares existentes, além de uma expansão acelerada da nuclearização”, declarou à KCNA.
O porta-voz do presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, afirmou que, para Seul, o exercício Ulchi sempre teve caráter defensivo, sem se posicionar diretamente sobre as declarações de Kim. O Ministério da Defesa do país informou não haver avaliações recentes sobre as capacidades do destróier norte-coreano.
Militares dos EUA e da Coreia do Sul destacaram que o treinamento visa conter ameaças nucleares e de mísseis do Norte, incluindo simulações de resposta a ataques e ações para impedir o uso de armas nucleares. O exercício também incorpora aprendizados de conflitos recentes, como a guerra Rússia-Ucrânia e o confronto entre Israel e Irã, além de cenários com drones, bloqueios de GPS e ataques cibernéticos.
O Choe Hyon foi exaltado por Kim Jong-un como um avanço decisivo para ampliar o alcance operacional e a capacidade de ataque preventivo das forças nucleares da Coreia do Norte. De acordo com a imprensa estatal, o navio, previsto para entrar em serviço em 2026, foi projetado para operar com armamentos antiaéreos, antinavio, além de mísseis balísticos e de cruzeiro com capacidade nuclear.
Em maio, o país apresentou o destróier Kang Kon, da mesma classe, mas a embarcação sofreu danos durante uma cerimônia de lançamento malsucedida em Chongjin. Kim classificou o incidente como uma “criminosa falha”, segundo a KCNA. O navio teria sido relançado em junho, mas especialistas externos questionam se está de fato operacional.
Na visita a Nampo, Kim também acompanhou o progresso na construção de um terceiro destróier, com previsão de conclusão até outubro. Ele elogiou os testes de armamento e o sistema operacional do Choe Hyon, determinando que novos testes de desempenho ocorram em outubro.
As tensões na península coreana aumentaram nos últimos anos, com Kim Jong-un acelerando o programa nuclear e se aproximando do governo russo após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Pyongyang tem rejeitado sucessivos pedidos dos EUA e da Coreia do Sul para retomar negociações sobre armas nucleares e mísseis, suspensas desde 2019, após o fracasso da cúpula com Donald Trump (Partido Republicano-EUA).
Na sexta-feira (15), o presidente sul-coreano Lee Jae-myung declarou que pretende restaurar o acordo militar intercoreano de 2018, destinado a reduzir tensões na fronteira, e pediu que Pyongyang participe dos esforços para reconstruir a confiança e retomar o diálogo.
O pacto de 2018 previa zonas de amortecimento em terra e mar e áreas de exclusão aérea para evitar confrontos. No entanto, a Coreia do Sul suspendeu o acordo em 2024, após o envio de balões com lixo pelo Norte, e retomou atividades militares na linha de frente. Pyongyang, por sua vez, já havia anunciado que não respeitaria mais o entendimento.
—
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
1
China libera importação de frango do Brasil proibida desde maio por causa da gripe aviária
2
Primeiro data center do Brasil voltado à exportação será construído no Ceará; TikTok deve ser único cliente
3
Setor supermercadista fatura R$ 1,067 trilhão em 2024, equivalente a 9,12% do PIB, diz Abras
4
Palmeiras: quanto custa assistir a um jogo de camarote?
5
Decisão contra 99Food reacende debate sobre concorrência do delivery; iFood já respondeu por abuso em contratos