Publicado 21/12/2024 • 16:17
KEY POINTS
A FDA, dos EUA, aprovou o uso do medicamento Zepbound, da farmacêutica Eli Lilly, para tratar pacientes com apneia do sono.
Foto: Brendan McDermid/Reuters.
A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) aprovou nesta sexta-feira (20) o uso do medicamento Zepbound, da farmacêutica Eli Lilly, para tratar pacientes com apneia obstrutiva do sono. O distúrbio respiratório é o mais comum relacionado ao sono.
A apneia ocorre quando as vias respiratórias ficam bloqueadas ou estreitas durante o sono, interrompendo a respiração. De acordo com o FDA, o medicamento deve ser utilizado em conjunto com uma dieta de baixa caloria e aumento da atividade física.
Estima-se que cerca de 80 milhões de pessoas nos EUA sofrem de apneia do sono, sendo que 20 milhões apresentam formas moderadas a graves da doença, conforme dados da Eli Lilly. Entretanto, 85% desses casos permanecem sem diagnóstico.
“Frequentemente, a apneia é encarada como um simples problema de ronco, mas é muito mais sério do que isso”, afirmou Julie Flygare, presidente da organização Project Sleep, que promove a conscientização sobre distúrbios do sono. Flygare destacou que a aprovação do Zepbound pode incentivar mais conversas entre pacientes e médicos sobre opções de tratamento.
O lançamento do Zepbound para apneia está previsto para o início do próximo ano, marcando sua primeira autorização além do tratamento da obesidade.
A aprovação do FDA fortalece as evidências sobre os benefícios das terapias baseadas em GLP-1, uma classe de medicamentos amplamente usada para perda de peso e controle de diabetes. O Zepbound se destaca, inclusive, por ser a primeira opção aprovada para tratar apneia, enquanto seu principal concorrente, o Wegovy, da Novo Nordisk, não possui essa indicação.
Resultados preliminares de dois estudos clínicos divulgados pela Eli Lilly indicaram que o Zepbound é mais eficaz que um placebo na redução da gravidade da apneia do sono em pacientes obesos, com uma taxa de resolução da doença de 43% a 51,5%, dependendo do estudo e da dosagem administrada.
Esses números superaram os resultados obtidos pelos grupos que receberam placebo, que variaram de 13,6% a 14,9%.
O estudo analisou o índice de apneia-hipopneia (AHI), uma métrica que registra o número de eventos de interrupção respiratória por hora. A resolução da doença foi definida como menos de cinco eventos por hora ou como cinco a 14 eventos por hora combinados com melhora nos sintomas de sonolência diurna.
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