Em resposta a um pedido da senadora Elizabeth Warren, a Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC) irá revisar a recente decisão do presidente Donald Trump de demitir mais trabalhadores da agência de fiscalização.
Apoiado pela administração Trump, Elon Musk e seu grupo de consultoria, o Departamento de Eficiência Governamental, reduziram o quadro de funcionários da FDIC em cerca de mil empregados até o momento deste ano, por meio de ofertas de compra e demissões de funcionários em período de experiência, conforme relatórios. As demissões adicionais faziam parte de um esforço maior para reduzir a burocracia federal.
A FDIC já está severamente subdimensionada, o que, segundo Warren, D-Mass., “ameaça a estabilidade do sistema bancário”, afirmou em uma carta enviada em 10 de fevereiro à Inspetora Geral Jennifer Fain, e compartilhada exclusivamente com a CNBC. Os senadores Raphael Warnock, D-Ga., Chris Van Hollen, D-Md., e Lisa Blunt Rochester, D-Del., também assinaram a carta.
Fain respondeu aos legisladores em uma carta datada de 19 de fevereiro, também compartilhada exclusivamente com a CNBC, dizendo que “os efeitos e impactos completos sobre a estrutura e missão da FDIC devido à paralisação de contratações, renúncias adiadas e qualquer reestruturação ainda precisam ser observados.”
Além disso, Fain afirmou: “Nós adaptaremos nosso trabalho de supervisão para entender melhor e determinar o efeito das mudanças recentes e seu impacto na FDIC, a fim de manter a estabilidade e a confiança no sistema bancário do país.”
Em uma declaração de quinta-feira, Warren afirmou estar “satisfeita” que o Inspetor Geral da FDIC revisará as ameaças à estabilidade do sistema bancário causadas pelas recentes ofertas de compra, demissões e rescisões de empregos para examinadores bancários e outros funcionários da FDIC, promovidas pela administração Trump.
“Essas demissões ameaçam a confiabilidade e integridade do seguro de depósitos federal e inibem a capacidade da FDIC de garantir a estabilidade e a confiança que sustentam o sistema bancário de nossa nação”, afirmou.
Riscos de ‘falta de policiais em campo‘
Na carta inicial a Fain, os senadores afirmaram que a falta de pessoal contribuiu diretamente para a falência do Signature Bank em março de 2023.
A escassez de examinadores “levou a uma série de atrasos na supervisão, exames cancelados ou adiados, e problemas de controle de qualidade na supervisão do Signature”, dizia a carta.
“A lição aprendida nesse caso foi que a falta de policiais em campo pode ameaçar a segurança e a solidez do sistema bancário e representar riscos para o Fundo de Seguro de Depósitos”, afirmou a carta.
O incidente marcou a maior falência bancária nos EUA desde a crise financeira de 2008, sendo uma das maiores falências bancárias da história dos EUA. O fechamento inesperado também gerou uma ampla preocupação entre os consumidores sobre seus depósitos, seus bancos e o sistema bancário.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC
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