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Execuções hipotecárias nos EUA sobem 20% em outubro e acendem alerta de maior crise no mercado imobiliário
Publicado 13/11/2025 • 18:10 | Atualizado há 2 horas
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KEY POINTS
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Unsplash
Os pedidos de execução hipotecária voltaram a crescer em outubro, após atingirem mínimas históricas nos últimos anos. Embora ainda modestos, os aumentos sucessivos indicam possíveis fragilidades no mercado imobiliário, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (13) pela Attom, especializada em análises do setor.
Ao todo, 36.766 imóveis nos Estados Unidos estavam em alguma etapa de execução hipotecária — seja notificação de inadimplência, leilão agendado ou retomada de posse por bancos. O número representa alta de 3% em relação a setembro e de 19% na comparação com outubro de 2024, marcando o oitavo mês consecutivo de avanço anual.
Os processos iniciados, primeira fase da execução, cresceram 6% no mês e ficaram 20% acima do nível do ano anterior. Já as execuções concluídas, etapa final do processo, avançaram 32% na mesma base de comparação.
“Mesmo com esses aumentos, a atividade permanece bem abaixo dos patamares históricos. O que vemos é uma normalização gradual, à medida que as condições de mercado se ajustam e alguns proprietários continuam enfrentando custos mais altos de moradia e crédito”, afirmou Rob Barber, CEO da Attom.
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Estados e cidades mais afetados
Flórida, Carolina do Sul e Illinois registraram os maiores volumes de processos no país. No recorte metropolitano, Tampa, Jacksonville e Orlando lideraram entre as cidades com mais registros, seguidas por Riverside (Califórnia) e Cleveland.
Considerando apenas as execuções finalizadas, Texas, Califórnia e Flórida concentraram os maiores números — o que pode aumentar a oferta de imóveis retomados a preços reduzidos. Apesar disso, a forte demanda por unidades de menor valor sugere que essas propriedades devem ser absorvidas rapidamente pelo mercado.
Ainda distante de uma crise como a de 2008
No auge da Grande Recessão, mais de 4% das hipotecas estavam em processo de execução. Hoje, o índice está abaixo de 0,5%, muito distante da média histórica de 1% a 1,5%, afirma Rick Sharga, CEO da CJ Patrick Co.
A inadimplência geral também está mais baixa: cerca de 4% das hipotecas estão atrasadas, contra quase 12% no pior momento da crise financeira. “Não há sinais de um tsunami de execuções hipotecárias”, disse Sharga. “Mas algumas áreas preocupam. A inadimplência dos empréstimos da FHA já supera 11% e representa mais da metade dos casos graves. É provável que vejamos mais execuções envolvendo a FHA em 2026.”
Estados onde os preços dos imóveis vêm caindo enquanto os prêmios de seguro disparam — como Flórida e Texas — estão registrando aumentos na inadimplência.
Pressões de crédito, juros e inflação
Mesmo com a queda recente nos preços nacionais das residências, os valores seguem elevados. As taxas de financiamento imobiliário, que deveriam ter recuado mais rapidamente após os cortes de juros do Federal Reserve, permanecem próximas das máximas recentes. Parte dos compradores que esperava refinanciar com taxas menores ainda não conseguiu fazê-lo, enquanto a inflação persistente pressiona os custos mensais.
O ambiente financeiro mais apertado — com endividamento recorde, atraso crescente em outras modalidades de crédito ao consumidor e sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho — também pode provocar deterioração futura no setor.
“Nenhum desses fatores abalou de forma significativa o desempenho das hipotecas — ainda”, disse Sharga. “Mas seria irrealista supor que essas tendências, somadas à desaceleração nas vendas e à queda da valorização dos imóveis, não resultem em pelo menos um aumento moderado na inadimplência e nos calotes nos próximos meses”, acrescentou.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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