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Governo dos EUA diz que Universidade de Columbia violou direitos de judeus e ameaça credenciamento da instituição

Publicado 04/06/2025 • 20:58 | Atualizado há 2 dias

NBC

KEY POINTS

  • O Departamento de Educação notificou a credenciadora da Columbia de que a universidade violou o Título VI ao não proteger estudantes judeus contra assédio.
  • A investigação determinou que a Columbia agiu com indiferença deliberada desde 7 de outubro de 2023, negando a esses estudantes igual acesso às oportunidades educacionais.
  • A Columbia afirma estar trabalhando para atender às exigências federais, e a MSCHE revisará as ações da universidade antes de decidir sobre possíveis sanções.

O presidente Donald Trump responde a perguntas de membros da mídia após a cerimônia de posse da procuradora interina dos EUA para o Distrito de Columbia, Jeanine Pirro, quarta-feira, 28 de maio de 2025, no Salão Oval.

Casa Branca / Joyce N. Boghosian / Flickr

A administração Trump anunciou nesta quarta-feira que notificou a entidade credenciadora da Universidade de Columbia, informando que a instituição violou o Título VI e ameaçando assim o status de credenciamento da universidade.

Especificamente, através de uma investigação na universidade que começou em fevereiro, os departamentos constataram que Columbia “falhou em proteger significativamente os estudantes judeus contra assédio severo e generalizado no campus da Columbia e, consequentemente, negou a esses estudantes igual acesso às oportunidades educacionais às quais eles têm direito por lei”, diz o comunicado.

O governo aponta que Columbia “não parece mais atender aos padrões de credenciamento da Comissão”. O Titulo VI é uma prerrogativa que proíbe instituições que recebam dinheiro público de discriminar pessoas por causa de sua raça, cor de pele ou país de origem.

Os escritórios do Departamento de Educação dos EUA (OCR) e do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS OCR) determinaram que “a Universidade de Columbia agiu com indiferença deliberada em relação ao assédio de estudantes judeus, violando, assim, o Título VI da Lei dos Direitos Civis de 1964”, conforme um comunicado à imprensa do Departamento de Educação.

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O comunicado afirma que a universidade está em violação desde o início da guerra no Oriente Médio, em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel, matando mais de 1.200 pessoas e fazendo centenas de reféns. A retaliação de Israel na Faixa de Gaza já tirou mais de 54.000 vidas.

Columbia se diz comprometida no combate ao antissemitismo

Em nota, a Columbia afirmou estar “ciente das preocupações levantadas hoje pelo Escritório de Direitos Civis do Departamento de Educação dos EUA” e que “abordou essas preocupações diretamente” com sua credenciadora.

“A Columbia está profundamente comprometida em combater o antissemitismo em nosso campus. Levamos essa questão a sério e continuamos a trabalhar com o governo federal para resolvê-la”, disse a universidade no comunicado.

O comunicado do governo, emitido na quarta-feira, afirmou que a universidade agora está em violação dos padrões estabelecidos pela Middle States Commission on Higher Education (MSCHE), a credenciadora da Columbia, que exige que “uma instituição candidata ou credenciada possua ou demonstre conformidade com todas as leis e regulamentos governamentais aplicáveis”.

“Diante da determinação do OCR, a Universidade de Columbia não parece mais atender aos padrões de credenciamento da Comissão”, disse o Departamento de Educação.

A secretária de Educação, Linda McMahon, disse no comunicado que a Columbia “agiu com indiferença deliberada em relação ao assédio de estudantes judeus em seu campus” desde 7 de outubro de 2023, classificando as ações da universidade como “imorais” e “ilegais”.

McMahon disse que o departamento trabalhará com a credenciadora “para garantir a conformidade da Columbia com os padrões de credenciamento, incluindo a conformidade com as leis federais de direitos civis”.

Situação amplia atrito entre Trump e Columbia

A notificação ocorre após um período tumultuado para a Columbia e a administração Trump. Em março, a administração cancelou milhões de dólares em financiamento, acusando a universidade de “inação diante do assédio persistente de estudantes judeus”.

Em resposta, a universidade cedeu às exigências da administração Trump para restaurar esse financiamento, abrindo caminho para negociações para restabelecer os dólares federais que normalmente financiam projetos de pesquisa médica e científica na universidade.

A universidade ainda estava trabalhando para restaurar esse financiamento em maio, mesmo após concordar com as demandas da administração, e disse que teve que cortar 180 funcionários cujos trabalhos eram financiados por bolsas federais.

Na época, a presidente interina da Columbia, Claire Shipman, disse que a universidade estava continuando suas negociações com o governo “em apoio à retomada da atividade nessas bolsas de pesquisa e em outras bolsas adicionais que permaneceram ativas, mas não pagas”.

A disputa entre a universidade e o governo não impediu que os estudantes protestassem contra a guerra no campus em maio, com manifestações que ecoaram os acampamentos do ano passado.

De acordo com o comunicado do Departamento de Educação de quarta-feira, as credenciadoras devem notificar suas universidades se forem informadas de que uma de suas escolas não está cumprindo a lei federal e devem estabelecer um plano para corrigir o problema, acrescentando que, se a universidade “não entrar em conformidade dentro de um período especificado, uma credenciadora deve tomar as medidas apropriadas contra sua instituição membro”.

Nenhum detalhe adicional sobre prazos ou ações necessárias foi fornecido pelo governo.

Se a Columbia perder seu credenciamento — o que levaria a universidade a perder o acesso a fundos de ajuda estudantil — é muito provável que isso não aconteça imediatamente.

A MSCHE, de acordo com suas próprias políticas, agendará um momento para revisar as evidências com os funcionários da Columbia antes de tomar qualquer decisão. Em resposta, a universidade provavelmente tentará demonstrar à credenciadora o que está fazendo para cumprir a lei federal, e a MSCHE determinará se os esforços da universidade são suficientes.

A Columbia está simultaneamente engajada em encontrar uma resolução com o governo federal sobre essas questões, o que significa que provavelmente haverá uma sobreposição nas políticas que a Columbia muda para satisfazer os padrões de credenciamento e as investigações federais de antissemitismo.

As faculdades são regularmente consideradas em não conformidade com as leis de direitos civis por administrações democratas e republicanas, mas é extremamente raro que uma perca o credenciamento por isso, porque geralmente chegam a uma resolução com o governo para entrar em conformidade.

Rawan Abbasi, diretora assistente de comunicações da MSCHE, disse que a credenciadora está “ciente do comunicado de imprensa emitido hoje pelo Departamento de Educação dos Estados Unidos (USDE) em relação à Universidade de Columbia e pode confirmar que recebemos uma carta sobre este assunto esta tarde”, mas se recusou a comentar mais.

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