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Publicado 08/12/2024 • 18:28
KEY POINTS
A derrubada do regime Assad foi possível, na conjuntura atual, porque seus dois principais patrocinadores – o Irã e a Rússia – estão com foco em outros conflitos, disse o doutor em Relações Internacionais e especialista em Oriente Médio, José Antônio Lima.
“Esse cenário abriu a possibilidade dos rebeldes que estavam ali, enclausurados, em uma província no noroeste da Síria, conseguiram a partir de então essa ofensiva extremamente rápida que desmobilizou o regime por completo”, disse Lima em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
O professor acredita que no caso desses dois países em específico – Irã e Rússia – talvez haja menos apetite para interferir na Síria e também menos capacidade para fazer isso.
“Do outro lado – os aliados dos Estados Unidos – essa política para a Síria vai ser guiada pelo novo governo dos EUA. Donald Trump já disse, naquela postura em alguma medida isolacionista, de que esse não é assunto de Washington e portanto não vai interferir”.
“O que resta a gente saber é como os outros vizinhos da Síria vão agir. Se a gente for pensar na Turquia, a indicação é de que o país vai interferir de forma intensa no conflito, porque tem uma grande diferença com os curdos, que são um povo sem estado”, acrescentou.
As agências de notícias estatais russas afirmam que o presidente sírio deposto Bashar al-Assad chegou a Moscou com sua família e recebeu asilo.
As agências Tass e RIA citaram uma fonte não identificada do Kremlin. A reportagem da agência Associated Press não conseguiu verificar os relatos, mas entrou em contato com o Kremlin para que a informação fosse comentada.
A RIA também citou uma fonte anônima do Kremlin, dizendo que Moscou havia recebido garantias dos insurgentes sírios sobre a segurança das bases militares e postos diplomáticos russos na Síria. O relatório não forneceu mais detalhes. Assad teria deixado a Síria no início deste domingo (8).
Confira a entrevista completa ao jornalista Diego Mendes, ao Times Brasil.
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