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Publicado 13/12/2024 • 09:06
KEY POINTS
François Bayrou
FRED TANNEAU/AFP
O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta sexta-feira (13) François Bayrou como novo primeiro-ministro, em meio a uma crise política após a queda do governo de Michel Barnier na semana passada.
Bayrou será o quarto primeiro-ministro da França este ano, sucedendo Barnier, que renunciou em 5 de dezembro após sofrer um histórico voto de desconfiança. Esse voto uniu de forma inesperada partidos de oposição da esquerda e da extrema direita.
Era esperado que Macron anunciasse o substituto logo após a saída de Barnier, mas, por conta do impasse político do país, a decisão foi adiada para esta semana. O presidente também não cumpriu o prazo de 48 horas que ele mesmo havia estipulado durante uma reunião com líderes partidários na última terça-feira (10).
Esse atraso evidencia a turbulência que tem dominado a política francesa nos últimos meses, incluindo eleições legislativas inconclusivas e divisões profundas sobre o déficit público elevado do país.
Macron convocou eleições antecipadas em junho e julho com o objetivo de fortalecer a base de sua aliança centrista na Assembleia Nacional. No entanto, saiu dessas eleições com uma base de poder significativamente reduzida.
O voto de desconfiança da semana passada — realizado após semanas de disputas sobre o orçamento de 2025, que previa aumento de impostos e cortes nos gastos públicos — foi apoiado pela aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e pelo partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen. Esse foi o primeiro governo francês derrubado desde 1962.
Barnier ocupou o cargo por pouco menos de três meses, sucedendo Gabriel Attal — que em janeiro deste ano se tornou o primeiro-ministro mais jovem da França na história moderna — e Élisabeth Borne, que esteve no posto anteriormente.
O novo primeiro-ministro enfrentará os mesmos desafios de seus antecessores, com a esquerda e a direita pressionando o governo em busca de suas próprias agendas para o orçamento de 2025.
O Reagrupamento Nacional, por exemplo, busca concessões para aumentar as pensões, cancelar cortes planejados no reembolso de medicamentos e reduzir as contribuições da França ao orçamento da União Europeia. Por outro lado, a Nova Frente Popular defende o aumento dos gastos públicos e impostos sobre lucros extraordinários e grandes fortunas.
Analistas acreditam que, diante do atual cenário, é provável que os principais blocos políticos da França cheguem a um acordo provisório, que simplesmente prorrogue o orçamento de 2024 para o próximo ano. Isso evitaria um “shutdown” governamental no início do ano, em que o país ficaria incapaz de cumprir suas obrigações financeiras.
No entanto, essa solução provisória adiaria a necessidade urgente de enfrentar os problemas fiscais da França. O déficit orçamentário, previsto para atingir 6,1% do PIB em 2024, pode crescer ainda mais caso não sejam tomadas medidas para controlar os gastos.
Investidores acompanham a situação com cautela. O rendimento do título de referência de 10 anos do governo francês subiu 3 pontos-base na manhã desta sexta-feira, antes do anúncio, alcançando cerca de 2,99%. Enquanto isso, o índice CAC 40 da bolsa francesa avançou 0,5%.
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