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Popularidade dos EUA cai mundialmente desde o retorno de Trump, diz pesquisa

Publicado 11/06/2025 • 16:04 | Atualizado há 1 dia

AFP

KEY POINTS

  • A imagem dos Estados Unidos se deteriorou drasticamente em grande parte do mundo desde o retorno do presidente Donald Trump, com notas baixas tanto em seu caráter quanto em suas políticas, revelou uma pesquisa global nesta quarta-feira (11).
  • O Pew Research Center constatou que a aceitação dos Estados Unidos caiu em 15 dos 24 países pesquisados.

A imagem dos Estados Unidos se deteriorou drasticamente em grande parte do mundo desde o retorno do presidente Donald Trump, com notas baixas tanto em seu caráter quanto em suas políticas, revelou uma pesquisa global nesta quarta-feira (11). O Pew Research Center constatou que a aceitação dos Estados Unidos caiu em 15 dos 24 países pesquisados.

Trump recebeu suas notas mais baixas no vizinho México, país que o presidente norte-americano menospreza e pressiona em relação à migração, com 91% dos mexicanos afirmando não ter confiança de que Trump tomaria a decisão certa em relação aos assuntos internacionais.

Trump levou a uma queda na percepção dos Estados Unidos como um todo. Tanto no México quanto no vizinho Canadá, que o líder dos EUA, provocativamente, disse que deveria ser o 51º estado americano, a maioria agora vê os EUA de forma desfavorável, após ter visto o país de forma positiva no ano passado, quando Joe Biden era presidente.

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A opinião sobre os Estados Unidos também piorou na maior parte da Europa, com uma queda especialmente acentuada na Polônia, um aliado de linha de frente da Ucrânia, enquanto Trump reduz o apoio americano a Kiev e busca uma solução negociada com a Rússia.

A Suécia, que ingressou na OTAN sob o comando de Biden após a invasão da Ucrânia, atribuiu as piores avaliações aos Estados Unidos entre todos os públicos pesquisados, com 79% tendo uma opinião negativa sobre o país.

A pesquisa constatou que, em média, a maioria dos países pesquisados ​​discordava de todas as principais políticas globais de Trump, incluindo as relacionadas à Ucrânia, Gaza, imigração e mudanças climáticas.

Oitenta por cento chamaram Trump de arrogante e apenas 28% o consideraram honesto.

Não tão ruim quanto o primeiro período

Israel, que conta com forte apoio de seu aliado na guerra de Gaza, teve a opinião mais favorável aos Estados Unidos, com 83%, um nível acima sob o governo Trump.

A opinião sobre os Estados Unidos permaneceu positiva na Nigéria e no Quênia — que historicamente atribuem notas altas aos Estados Unidos, independentemente de quem seja o presidente — e a Índia viu pouca mudança, com mais da metade considerando os Estados Unidos positivamente.

Desde que retornou ao cargo, Trump tem perseguido uma das agendas mais abrangentes de qualquer presidente americano, que incluiu o corte da ajuda externa e a deportação agressiva de migrantes.

No entanto, a percepção global de Trump, embora negativa, não era tão ruim quanto em 2017, quando ele assumiu a Casa Branca. Trump, em seu primeiro mandato, sucedeu Barack Obama, que permaneceu extremamente popular na maior parte do mundo.

Desta vez, sucedeu Joe Biden, cujas notas foram semelhantes às de Trump globalmente na questão econômica, de acordo com Janell Fetterolf, pesquisadora sênior do Pew Research Center.

A última década também viu a crescente normalização dos populistas de direita. No Brasil, onde o aliado ideológico de Trump, Jair Bolsonaro, liderou de 2019 a 2022, Trump conta com a confiança de 34% da população este ano — índice baixo, mas bem acima dos 14% que tinha quando iniciou seu primeiro mandato.

Em todo o mundo, Trump consistentemente obteve mais apoio de homens do que de mulheres e foi visto de forma mais favorável por pessoas da direita do espectro político.

Mas o estudo também mostrou os limites de seu apelo internacional. Tanto na Suécia quanto na França, Trump não conseguiu conquistar a confiança da maioria dos apoiadores de partidos nacionalistas de extrema direita, embora estes demonstrassem mais apoio do que o público em geral.

A pesquisa anual contatou 28.333 adultos em 24 países entre janeiro e abril.

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