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Roubo de joias de Napoleão no Louvre durou apenas 7 minutos. Comércio ilegal de obras de arte movimenta US$ 6 bi por ano

Publicado 19/10/2025 • 14:53 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • Criminosos levaram joias da coleção de Napoleão e da imperatriz Eugénie em ação de apenas sete minutos.
  • O tráfico global de arte movimenta até US$ 6 bilhões por ano, ficando atrás apenas do de drogas e armas.
  • Mesmo em queda, o mercado de arte registrou US$ 57,5 bilhões em vendas em 2024, segundo o The Art Market Report.

O roubo de joias históricas do Museu do Louvre, em Paris, neste domingo (19), reacendeu a discussão sobre a segurança de bens culturais e a vulnerabilidade do mercado global de arte, um setor que movimenta bilhões de dólares por ano. A ação, que as autoridades acreditam ter durado apenas sete minutos, foi executada por um grupo de três a quatro criminosos e resultou no furto de peças de valor “inestimável” da coleção de Napoleão e da imperatriz Eugénie de Montijo, pertencentes à Coroa Francesa. As informações ainda são preliminares, investigações estão em andamento.

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Escultura “A Vitória de Samotrácia”, também conhecida como Nice de Samotrácia, em exposição no Museu do Louvre.

O que se sabe sobre o crime

Segundo o Ministério do Interior da França, os assaltantes chegaram por volta das 9h30 (horário local) e utilizaram um elevador mecânico acoplado a um caminhão para acessar a Galeria de Apollo, onde as joias estavam expostas. O grupo quebrou uma janela com uma serra circular, arrombou vitrines e fugiu em motocicletas levando as peças. Entre os itens roubados estão um conjunto de joias, um colar, brincos, um broche e duas coroas. Uma das coroas pertenceu à imperatriz Eugénie e, posteriormente, foi encontrada próximo ao Museu do Louvre, mas danificada.

Foto por DIMITAR DILKOFF / AFP

Policiais franceses ao lado de um elevador de móveis usado por ladrões para entrar no Museu do Louvre, em Paris, em 19 de outubro de 2025.

Autoridades francesas indicam que o ataque foi minuciosamente planejado, com reconhecimento prévio da área, uso de disfarces e logística profissional. Após o crime, a polícia encontrou no local ferramentas, coletes amarelos, gasolina e um walkie-talkie. O Ministério Público de Paris abriu investigação por furto organizado e associação criminosa, enquanto unidades especializadas tentam rastrear as joias para impedir que deixem o país.

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O Museu do Louvre foi fechado após invasão e roubo de joias, segundo a polícia francesa.

Tráfico de bens culturais

Embora cinematográfico, o assalto ao Louvre representa apenas um dos vários crimes cometidos pelo tráfico global de bens culturais. Acredita-se que esse tipo de crime, que envolve desde pequenos colecionadores até organizações criminosas internacionais, é hoje uma das atividades ilícitas mais lucrativas do mundo, com ganhos anuais de até U$ 6 bilhões, atrás apenas do tráfico de drogas e de armas.

Entre os desafios do combate ao tráfico de obras de arte está a alta demanda por antiguidades e obras de arte, a leniência das sanções e a exploração de zonas de conflito e vulnerabilidade institucional. Estima-se que menos da metade dos países membros da Interpol forneçam dados sobre roubos de bens culturais, o que dificulta medir a real dimensão do problema.

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Criminosos encapuzados teriam acessado o museu por um canteiro de obras e usaram um elevador de carga para o assalto.

Números do setor

Esse comércio clandestino é alimentado por um mercado legal em constante expansão. De acordo com o The Art Market Report 2025, as vendas globais de arte movimentaram cerca de US$ 57,5 bilhões no ano passado, apesar de uma queda de 12% em relação a 2023. Os Estados Unidos mantêm a liderança, respondendo por 43% das vendas, seguidos pelo Reino Unido (18%) e pela China (15%). A França, onde ocorreu o roubo no Louvre, ocupa a quarta posição, com US$ 4,2 bilhões em transações — uma redução de 10% em comparação ao ano anterior.

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Tráfico de bens culturais movimenta bilhões e desafia autoridades.

Os números mostram que, mesmo em desaceleração, o mercado de arte continua atraente, tanto para investidores legítimos quanto para redes ilícitas. O valor simbólico e financeiro de peças históricas, aliado à dificuldade de rastreamento, cria um terreno fértil para crimes sofisticados. Em 2019, o setor global já movimentava mais de US$ 64 bilhões, conforme o The Art Market Report 2020.

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