CNBC

CNBCIA no espaço: startup apoiada pela Nvidia dá passo inédito em órbita

Mundo

Desvio do tarifaço: Superávit da China ultrapassa US$ 1 trilhão com crescimento em outros mercados

Publicado 09/12/2025 • 07:52 | Atualizado há 2 dias

KEY POINTS

  • China supera US$ 1 trilhão em superávit ao redirecionar exportações diante das tarifas dos EUA.
  • Vendas chinesas crescem para Europa, Austrália e sudeste asiático enquanto recuam nos EUA.
  • Superávit recorde reflete câmbio favorável, tarifas altas nos EUA e demanda doméstica enfraquecida.
superávit

O superávit comercial total da China aumentou 25% em relação ao ano anterior, para US$ 103,2 bilhões em maio.

Unsplash

A China alcançou um marco histórico em 2025: seu superávit comercial passou de US$ 1 trilhão no acumulado do ano até novembro. Esse resultado veio porque o país passou a vender mais para outras regiões do mundo à medida que o acesso ao mercado dos Estados Unidos ficou mais difícil diante das taxações.

Superávit é quando um país vende mais do que compra. No caso da China, isso significa que a quantia recebida com exportações ficou muito acima dos gastos com importações. É a primeira vez que esse saldo ultrapassa a casa do trilhão de dólares.

Com as tarifas impostas pelos Estados Unidos, empresas chinesas redirecionaram seus produtos para outros destinos. As exportações para a Europa aumentaram, as vendas para a Austrália dispararam e o sudeste asiático também passou a comprar mais do país.

Em novembro, as exportações chinesas cresceram 5,9% em comparação com o ano anterior, revertendo a queda registrada em outubro. Esse desempenho ajudou a empurrar o superávit do mês para US$ 111,7 bilhões, o maior patamar desde junho.

Superávit

A relação entre China e Estados Unidos segue marcada pelo clima de tensões comerciais. Mesmo após discussões recentes entre os dois governos, as tarifas sobre produtos chineses continuam altas. Nos EUA, a tarifa média está em 47,5%, um nível que pressiona as margens de lucro das empresas exportadoras da China.

Por isso, muitos fabricantes têm buscado novos mercados e até novos locais de produção, tentando escapar do peso tarifário. O resultado dessa reorientação é visível nos números: enquanto as exportações para os EUA caíram 29% no ano até novembro, as vendas para a União Europeia cresceram 14,8%, para a Austrália 35,8%, e para o sudeste asiático 8,2%.

Esse movimento mostra que, mesmo perdendo espaço nos EUA, a China tem conseguido manter seu peso no comércio mundial.

Demanda interna continua fraca

Apesar do desempenho forte nas vendas externas, a economia chinesa ainda enfrenta problemas dentro de casa. A demanda interna — o consumo das famílias e das empresas — segue enfraquecida, em parte por causa da crise prolongada no setor imobiliário, que afeta desde a construção civil até setores industriais ligados a matérias-primas.

Isso aparece nos dados de importação. A compra de cobre bruto, essencial na construção, caiu. Do outro lado, houve aumento nas importações de soja, e as exportações de terras raras — minerais muito usados na indústria tecnológica — cresceram 26,5% em novembro, impulsionadas por acordos recentes entre China e Estados Unidos.

O governo chinês sinalizou que pretende lançar novas medidas para estimular o consumo e fortalecer a economia doméstica, tema que deve dominar a Conferência Central de Trabalho Econômico, o encontro anual que define as prioridades econômicas do país.

Leia também:
Haddad diz que aporte emergencial aos Correios pode sair ainda em 2025, mas valor será menor do que o esperado
Conheça produtos inusitados que a China lançou com IA

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:


🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

MAIS EM Mundo

;