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Tarifas, conflitos e alianças: cúpula do G7 acontece sob sombra da instabilidade global
Publicado 16/06/2025 • 09:11 | Atualizado há 7 horas
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Publicado 16/06/2025 • 09:11 | Atualizado há 7 horas
KEY POINTS
Donald Trump está disposto a cooperar ou desafiar as demais potências em temas geopolíticos sensíveis
Reprodução CNBC Americana.
A instabilidade comercial e os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio devem dominar as discussões da cúpula do Grupo dos Sete (G7), que acontece esta semana no Canadá. Diante da crescente incerteza sobre a política econômica e externa da Casa Branca, os aliados dos EUA devem questionar se o presidente Donald Trump está disposto a cooperar ou desafiar as demais potências em temas geopolíticos sensíveis.
O G7 é formado por Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão, além da União Europeia. Também foram convidados líderes da Austrália, Brasil, México, Indonésia, Ucrânia, África do Sul e Coreia do Sul.
Esses encontros buscam construir consenso sobre os maiores desafios econômicos e geopolíticos globais e coordenar ações conjuntas. Este ano, porém, o maior obstáculo parece vir de dentro: as tarifas impostas por Trump e o risco de uma guerra comercial global.
O Reino Unido, que firmou um acordo comercial com os EUA em maio, é a única exceção à escalada protecionista. A cúpula ocorre em meio a uma pausa de 90 dias anunciada por Trump nas tarifas “recíprocas”. Japão e União Europeia tentam fechar um acordo antes do prazo final, em 9 de julho. A partir dessa data, tarifas mais altas — atualmente reduzidas para 10% — podem ser retomadas integralmente.
O Canadá, anfitrião da cúpula, foi atingido por tarifas de 25% sobre automóveis e 50% sobre aço e alumínio. Produtos fora do acordo USMCA (que inclui México e EUA) também estão sujeitos a impostos. Em retaliação, o país impôs tarifas semelhantes sobre produtos americanos, mas suspendeu parte delas para proteger setores estratégicos.
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É esperada uma série de reuniões bilaterais entre Trump e líderes em busca de acordos comerciais. No entanto, há ceticismo sobre a possibilidade de avanços concretos. O Canadá evitou divulgar um comunicado conjunto prévio, prática comum nas cúpulas do G7. A medida visa evitar uma repetição da turbulência registrada em 2018, quando Trump retirou o apoio dos EUA à declaração final.
A cúpula realizada na França, em 2019, foi o último encontro do grupo com participação de Trump. Agora, analistas avaliam que a dinâmica será ainda mais tensa.
“O G7 foi criado há 50 anos para alinhar democracias com economias avançadas diante de desafios comuns. Mas o que acontece quando a instabilidade parte de dentro do próprio G7? É isso que os líderes precisam enfrentar esta semana em Kananaskis”, afirmou John Lipsky, presidente de economia internacional do Atlantic Council, em nota enviada antes do encontro.
Segundo ele, Trump buscará alinhar o G7 contra a coerção econômica da China, mas enfrentará resistência dos demais líderes. “Eles podem argumentar que esse tipo de coordenação seria mais fácil se ele não estivesse impondo tarifas aos próprios aliados.”
A guerra na Ucrânia e a recente escalada entre Israel e Irã também devem pesar nas conversas. Enquanto Trump adota postura ambígua quanto a novas sanções à Rússia, os ataques no Oriente Médio — que deixaram centenas de mortos — aumentam a pressão internacional por estabilidade. Os EUA, aliados de Israel, ajudaram a interceptar mísseis iranianos, enquanto líderes globais pedem moderação.
Analistas apontam que o cenário atual pode gerar confrontos diplomáticos durante a cúpula, considerando o estilo imprevisível de Trump.
“A última vez que ele participou de uma reunião do G7 no Canadá, em 2018, tratou o evento como um reality show”, afirmou o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS). “Com a guerra tarifária em curso e mirando justamente os países presentes, este encontro pode ser ainda mais controverso.”
Para evitar uma nova ruptura, o CSIS recomenda que os demais líderes levem a sério as preocupações de Trump sobre o papel global dos EUA.
Nas edições anteriores, o G7 indicou interesse em discutir temas além do comércio, como avanços tecnológicos, saúde pública e conflitos armados. Em um cenário internacional cada vez mais marcado por rivalidades e instituições paralisadas, cresce a urgência por uma resposta coordenada.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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