O secretário do Tesouro, Scott Bessent, esboçou nesta segunda-feira (05) o roteiro da “Visão América em Primeiro Lugar” do presidente Donald Trump em um discurso para uma sala cheia de investidores globais sobre o futuro da economia dos Estados Unidos.
“Erradicamos o desperdício governamental e as regulamentações prejudiciais. Plantamos as sementes do investimento privado. E fertilizamos o solo com nova legislação tributária. Em seguida, colhemos. E queremos que vocês colham conosco”, disse Bessent em um discurso na Conferência Global do Milken Institute.
O secretário do Gabinete destacou tarifas, cortes de impostos e desregulamentação como os três componentes principais da agenda econômica de Trump, ecoando seu artigo de opinião publicado no The Wall Street Journal na manhã de segunda-feira.
Mas enquanto aquele artigo priorizava impulsionar a Main Street juntamente com Wall Street, as declarações de Bessent para o público em jatos particulares na conferência Milken foram um apelo explícito a um pequeno grupo de investidores e empreendedores ultra-ricos.
“O objetivo do governo é torná-lo ainda mais atraente para investidores como vocês”, disse Bessent.
Os comentários de Bessent ocorreram enquanto os mercados aguardam ansiosamente os desdobramentos das negociações de alto nível com diversos parceiros comerciais, que o governo insiste estarem ocorrendo em ritmo acelerado nos bastidores.
A alegação de Trump de que dezenas de países buscavam ansiosamente fechar acordos com os EUA foi usada para justificar sua decisão, em 9 de abril, de reduzir abruptamente seu chamado plano de tarifas recíprocas, poucas horas após sua entrada em vigor.
Ele suspendeu por 90 dias a maioria das altas tarifas que haviam sido anunciadas uma semana antes, no que ele apregoou como o “dia da libertação” dos Estados Unidos. Em vez disso, Trump implementou uma tarifa de 10% em todos os setores, embora tenha aumentado o imposto de importação sobre a China para 145%, na prática.
Desde a implementação da pausa tarifária, o governo Trump tem sinalizado consistentemente que uma série de acordos comerciais reformulados com países individuais estão em andamento.
Em uma entrevista em 22 de abril, Trump afirmou ter “fechado 200 acordos” e que seu governo “terminaria” as negociações em apenas três semanas. Seu principal assessor comercial, Peter Navarro, afirmou repetidamente que os EUA poderiam fechar 90 acordos em 90 dias.
Mais de três semanas após Trump ter retirado suas tarifas abrangentes, nenhum acordo foi anunciado. Mas autoridades do governo deram fortes indícios de que um acordo estava se formando rapidamente com a Índia, cujo primeiro-ministro, Narendra Modi, tem laços estreitos com Trump e recentemente se encontrou com o vice-presidente J.D. Vance para discutir comércio.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
