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Medo e ódio: ameaça de filme de Trump choca a América Latina
Publicado 07/05/2025 • 18:09 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 07/05/2025 • 18:09 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Cinema brasileiro vem crescendo
Pixabay
A ameaça do presidente Donald Trump de impor tarifas sobre filmes estrangeiros deixou a crescente indústria cinematográfica da América Latina perplexa e apreensiva.
Até a preguiçosa noite deste último domingo (4), o cinema latino-americano estava em alta.
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Ainda Estou Aqui rendeu ao Brasil seu primeiro Oscar em março, uma série de sucessos liderou as paradas de streaming e cada vez mais filmes estavam sendo produzidos na região.
A Netflix anunciou recentemente que investiria US$ 1 bilhão para produzir séries e filmes no México nos próximos quatro anos.
Então, o presidente dos EUA — ou talvez um assessor em seu nome — pegou um dispositivo e começou a digitar.
“QUEREMOS FILMES FEITOS NA AMÉRICA, DE NOVO!”, gritava uma publicação no Truth Social.
“Estou autorizando o Departamento de Comércio e o Representante Comercial dos Estados Unidos a iniciar imediatamente o processo de instituir uma tarifa de 100% sobre todo e qualquer filme que entre em nosso país e seja produzido em terras estrangeiras”, publicou.
Como muitas das missivas do 47º presidente, causou um choque imediato.
Cineastas do Canadá a Hollywood e Austrália ficaram boquiabertos, imaginando se a cortina final estava se fechando.
Mas na América Latina, também houve confusão — uma sensação de que algo pode ter se perdido na tradução.
O premiado produtor argentino Axel Kuschevatzky — cujos projetos incluem o premiado “O Segredo dos Seus Olhos” — disse que a primeira tarefa era “entender se as medidas serão implementadas” e “qual seria seu alcance”.
“As tarifas se aplicam apenas a bens e não a serviços”, disse ele à AFP. “Na realidade, a produção audiovisual é um serviço.”
Marianna Souza, presidente da Associação Brasileira de Produção Audiovisual, disse que também não estava claro se plataformas de streaming e produções internacionais seriam incluídas.
O cenário de pesadelo representa um prejuízo generalizado para a produção estrangeira.
Na Colômbia, Gustavo Suarez, professor de cinema da Universidade Valle, estima que 60% a 70% da produção local esteja vinculada a projetos internacionais.
Recentemente, eles incluíram Narcos e 100 Anos de Solidão.
“Netflix, Amazon, HBO e todas essas plataformas estão produzindo cada vez mais filmes e séries na Colômbia porque é mais barato do que nos Estados Unidos”, disse ele à AFP.
“Haverá um impacto”, disse ele.
Mas os cineastas também apontam que — assim como o mercado automobilístico e suas cadeias de suprimentos globais — nem sempre faz sentido falar sobre filmes ou séries sendo de um único país.
“A produção é dinâmica. Você pode ter capital de quatro países e filmar em quatro países diferentes”, disse Kuschevatzky.
Definir ‘Feito na America’ é difícil.
Como você define isso? O financiamento? De quem é a propriedade intelectual? Onde foi filmado? Uma definição é complexa.
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