A União Europeia e os Estados Unidos estão longe de chegar a um acordo sobre tarifas, disse o ministro da Economia da França nesta quinta-feira (24), enquanto o bloco busca uma saída para as tensões comerciais com Washington.
O presidente dos EUA, Donald Trump, impôs novas tarifas de 10% à maioria dos parceiros comerciais desde que retornou à Casa Branca em janeiro e impôs taxas pesadas sobre as importações de aço, alumínio e automóveis.
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A UE não foi poupada e uma pausa de 90 dias em tarifas ainda mais altas, inclusive para produtos do bloco, deve expirar no início de julho.
“Não vamos esconder o fato de que ainda estamos longe de um acordo”, disse o ministro da Economia francês, Eric Lombard, em entrevista a jornalistas à margem das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial em Washington.
Mas, em um evento do FMI nesta quinta-feira (24), o ministro das Finanças alemão, Joerg Kukies, disse estar esperançoso de que ambos os lados possam chegar a um acordo antes do fim da janela de 90 dias.
“Estamos otimistas de que funcionará. Quanto mais cedo, melhor”, disse ele.
O francês Lombard afirmou que as negociações com as autoridades americanas foram calorosas.
Ele disse que se reuniu esta semana com o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Kevin Hassett, o Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, e o Secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Lombard observou o desejo de seus colegas de “avançar o mais rápido possível”, acrescentando que os europeus foram descritos como amigos e aliados no contexto dessas negociações.
Ele afirmou que ambos os lados estão buscando áreas onde possam progredir, acrescentando que “fluxos de trabalho” foram abertos para remover obstáculos às trocas.
Acrescentando que as novas tarifas de Trump pesam sobre a economia dos EUA, Lombard disse esperar que esses efeitos “levem o governo a propor ajustes”.
“Queremos que as tarifas retornem aos níveis anteriores, e até mais baixas, se possível”, disse ele, acrescentando que espera “altos e baixos” nas negociações.
No início deste ano, Trump acusou o bloco de 27 países de ter sido criado para “prejudicar” os Estados Unidos.
A Casa Branca também disse que as “tarifas recíprocas” de Trump estavam focadas em países que estavam “roubando” a maior economia do mundo.
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