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Ligação entre Trump e Putin sobre possível acordo de cessar-fogo na Ucrânia termina após mais de 90 minutos

Publicado 18/03/2025 • 15:59 | Atualizado há 5 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, chegaram a um acordo sobre como buscar um cessar-fogo na Ucrânia, informou a Casa Branca em um comunicado da conversa telefônica.
  • Trump e Putin concordaram que um relacionamento fortalecido entre EUA e Rússia “tem enormes vantagens”, incluindo “enormes acordos econômicos”, de acordo com a Casa Branca.
  • Esperava-se que a Rússia apresentasse suas condições para uma pausa na guerra contra seu vizinho, que foi invadido há três anos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, concluíram sua ligação telefônica nesta terça-feira (18) sobre um possível acordo de cessar-fogo de 30 dias para interromper a guerra na Ucrânia, informou um funcionário da Casa Branca à NBC News.

A ligação durou pelo menos 90 minutos, disse o funcionário. O vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Dan Scavino, havia dito anteriormente que a ligação estava “indo bem”.

Condições e concessões de Trump e Putin

Esperava-se que Putin apresentasse para Trump suas condições para uma pausa nos combates durante a ligação, o que poderia incluir a suspensão de todos os envios de armas para a Ucrânia, de acordo com fontes não identificadas citadas pela Bloomberg.

Trump sinalizou que os EUA poderiam estar dispostos a fazer concessões à Rússia também.

“Vamos falar sobre território. Vamos falar sobre usinas de energia”, disse Trump a repórteres no domingo (16) ao ser perguntado sobre concessões a Moscou nas negociações para encerrar a guerra que já dura mais de três anos na Ucrânia.

“Acho que já discutimos muito disso por ambos os lados, Ucrânia e Rússia. Já estamos falando sobre isso, dividindo certos ativos”, acrescentou, sem dar mais detalhes.

“Queremos ver se podemos acabar com essa guerra. Talvez possamos, talvez não possamos, mas acho que temos uma chance muito boa”, observou Trump.

O governo Trump quer obter o apoio de Moscou para uma pausa de 30 dias nos combates na Ucrânia.

Reações da Ucrânia e Moscou

Kiev já aceitou uma proposta de cessar-fogo, o que levou Washington a retomar a ajuda militar e o compartilhamento de inteligência com o país devastado pela guerra após um breve colapso nas relações após um confronto acalorado na Casa Branca no final de fevereiro.

A Rússia deu uma resposta mais contida, com Putin dizendo na semana passada que concordou com a ideia em princípio, enquanto listava ressalvas e solicitava mais negociações.

“A ideia [de um cessar-fogo] em si é correta e certamente a apoiamos, mas há questões que precisam ser discutidas”, disse ele na quinta-feira (13).

“Acho que precisamos conversar com nossos colegas e parceiros americanos”, disse Putin. “Talvez ligar para o presidente Trump e discutir isso juntos. Mas apoiamos a própria ideia de acabar com este conflito por meios pacíficos”.

Putin também disse que um acordo deve “levar a uma paz duradoura e eliminar as causas raízes desta crise” e questionou tanto a aplicação do cessar-fogo quanto se a pausa de 30 dias nos combates permitiria que a Ucrânia “fornecesse armas” ou “treinasse unidades recém-mobilizadas”.

Zelensky cético

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que a resposta de Putin à ideia de cessar-fogo foi “manipulativa”.

“Agora todos nós ouvimos palavras muito previsíveis e manipulativas de Putin em resposta à ideia de silêncio na frente — ele está, na verdade, se preparando para rejeitá-la agora”, disse Zelensky em um discurso noturno na quinta-feira.

Um cessar-fogo poderia dar a ambos os lados tempo para considerar seus termos para um futuro acordo de paz. Mas a distância entre as prioridades das duas nações é considerável.

A Ucrânia teme ser pressionada a ceder o território ocupado pela Rússia a Moscou e insiste em garantias de segurança.

Analistas, por sua vez, são céticos de que a Rússia concorde facilmente com um cessar-fogo ou depois cumpra totalmente uma trégua.

Antes do início da guerra em grande escala em 2022, acordos de cessar-fogo anteriores para acabar com os combates entre separatistas apoiados pela Rússia e forças ucranianas no leste do país viram ambos os lados repetidamente acusarem-se mutuamente de violar os acordos.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, disse na segunda-feira (17) que o governo buscaria “garantias de segurança inabaláveis” em qualquer potencial futuro acordo de paz que impedisse a Ucrânia de se juntar à aliança militar ocidental OTAN e permanecesse neutra.

“Se falamos sobre uma resolução pacífica do conflito na Ucrânia, então, é claro, terá um contorno externo”, disse Grushko em entrevista ao Izvestia.

“Exigiremos que garantias de segurança de ferro façam parte deste acordo”, disse ele. “Porque somente através de sua formação será possível alcançar uma paz duradoura na Ucrânia e, em geral, fortalecer a segurança regional”.

Ele disse que uma dessas condições deveria ser o status neutro da Ucrânia e a recusa dos países da OTAN em aceitar Kiev na organização.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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