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Plano de Negócios Rodrigo Loureiro

O que está por trás do interesse da Rede D’Or no Fleury

Publicado 21/07/2025 • 13:11 | Atualizado há 14 horas

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Rodrigo Loureiro

Rodrigo Loureiro é jornalista especializado em economia e negócios, com experiência nos principais veículos especializados do Brasil e MBA pela FIA em parceria com a B3. Além de comandar esta coluna, é comentarista nos programas Agora e Real Time, onde analisa as principais movimentações do mercado.

Rede D'Or São Luiz.

Divulgação Rede D'Or São Luiz.

Rede D'Or São Luiz.

As ações do Grupo Fleury chegaram a subir mais de 17% nos primeiros minutos após a abertura do mercado nesta segunda-feira (21). A alta se deu devido às notícias recentes envolvendo uma possível aquisição da rede de diagnósticos pela Rede D’Or.

A família Moll, que controla a Rede D’Or, parece enxergar a transação como estratégica no sentido da criação de um ecossistema de saúde. A ideia é unir dois setores que se complementam. Esse foi o ponto destacado pelo BTG Pactual em seu último relatório envolvendo a possibilidade de fusão dos negócios.

O banco lembra que a Rede D’or detém uma presença de aproximadamente 20% dos sinistros no mercado privado de saúde. É uma participação considerada baixa para uma companhia avaliada em R$ 75 bilhões e que no último trimestre registrou receita de R$ 13 bilhões e lucro acima de R$ 1 bilhão.

Não é a primeira vez que a Rede D'Or tenta ampliar sua operação em direção aos laboratórios de diagnósticos. Em 2021, a companhia chegou a fazer uma oferta pelas ações da Alliança (ex-Alliar), mas o negócio não avançou. A Alliar acabou sendo vendida posteriormente para o empresário Nelson Tanure.

A aquisição do Grupo Fleury também poderia acirrar uma disputa de mercado contra Amil e Dasa, que uniram suas operações através de uma fusão parcial e criaram a joint-venture Ímpar. 

A nova empresa é a segunda maior rede hospitalar do Brasil com cerca de 4,5 mil leitos, além de 900 unidades pertencentes às marcas da Dasa. A Rede D’Or, por sua vez, tem 11 mil leitos e a união com o Fleury adicionaria mais de 500 unidades de medicina diagnóstica à operação.  

A aquisição não é simples e envolve diferentes obstáculos. É necessário convencer o Bradesco, que detém quase 25% das ações do Fleury. Uma fatia de 11% das ações pertence a um grupo de médicos. A família Pardini também detém participação relevante. Em 2022, o Grupo Fleury comprou a Hermes Pardini.

Em cifras, o mercado estima que a transação pode movimentar até R$ 10 bilhões. Antes da alta das ações no pregão desta segunda-feira, o Grupo Fleury tinha valor de mercado próximo de R$ 7 bilhões. Para convencer os acionistas, a Rede D’Or pode ter que pagar um prêmio de até 30%.

As negociações precisarão passar ainda pelo aval do Cade. A previsão do mercado é de que o órgão não seja um grande dificultador. Ainda que sejam empresas do setor de saúde, Rede D’Or e Grupo Fleury são negócios complementares, mas não concorrentes.

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