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Ibovespa fecha em leve queda com volatilidade e tensão comercial entre Brasil e EUA
Publicado 22/07/2025 • 19:25 | Atualizado há 18 horas
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Publicado 22/07/2025 • 19:25 | Atualizado há 18 horas
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Centro de operações da B3
Divulgação
O movimento do Ibovespa nesta terça-feira (22), foi marcado por volatilidade: o índice chegou a se aproximar dos 135 mil pontos, mas encerrou o dia em queda de 0,10%, aos 134.035,72 pontos. Mesmo contando com o avanço das ações da Vale e da Petrobras, o desempenho não foi suficiente para manter a recuperação vista no início da sessão. O volume negociado ficou restrito a R$ 18,2 bilhões, e a variação do índice ao longo do dia ficou em pouco mais de 1,3 mil pontos, entre a mínima de 133.986,03 e máxima de 135.300,29 pontos.
No acumulado da semana, o Ibovespa registra alta de 0,49%, enquanto, no mês, apresenta queda de 3,47%. No ano, o índice ainda tem valorização de 11,43%. O setor financeiro teve desempenho negativo, com exceção do Banco do Brasil, que subiu 0,15%, e do Santander, que registrou alta de 0,61% no fechamento. Já o segmento de commodities ajudou a impedir uma queda maior no índice, especialmente por conta das ações da Vale.
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Entre as maiores altas do pregão, destacaram-se CSN, com ganho de 7,13%, Usiminas, que avançou 5,99%, além de Auren, Braskem e BRF. O otimismo em relação ao anúncio de um grande projeto de energia hidrelétrica no oeste da China, feito pelo governo chinês no fim de semana, continuou a impactar positivamente as empresas do setor metálico.
No sentido contrário, os papéis de Vivara, CPFL, Natura, Direcional e Cyrela tiveram as maiores quedas do dia, com recuos que variaram de 2,35% a 3,54%. Empresas do setor de consumo e construção, que já haviam pressionado o índice negativamente na segunda-feira, 21, voltaram a ser destaque negativo, enquanto materiais básicos seguiram em alta.
A disputa comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segue no centro das atenções do mercado. Marcos Praça, diretor de análise da ZERO Markets Brasil, avaliou que “as respostas do Brasil têm sido por meios legais” e que um “meio termo tende a pautar a negociação por canais oficiais, no momento em que vier a ocorrer”. Segundo Praça, grande parte da situação foi amplificada pelo uso das redes sociais por Trump. Ele observou ainda que autoridades brasileiras, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, optaram por não reagir publicamente às provocações, buscando evitar escalada de tensão.
Matheus Spiess, analista da Empiricus, destacou que “ainda há um dilema, de não se saber bem para onde as coisas caminham com relação às tarifas”. Ele lembrou que, com o recesso do Congresso, o noticiário local perde força, mas persistem preocupações domésticas. Spiess também comentou que a disputa comercial dos Estados Unidos tem caráter “politizado”, o que dificulta as negociações e favorece a realização de lucros em Nova York. Os índices Nasdaq e Dow Jones encerraram a sessão com variações de -0,39% e +0,40%, respectivamente, enquanto o S&P 500 atingiu novo recorde após leve alta de 0,06%.
Leonardo Santana, sócio da Top Gain, afirmou que “os investidores estão em compasso de espera também em relação às decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil, que acontecem na semana que vem”. Santana avaliou ainda que o mercado se incomoda com a indefinição sobre tarifas comerciais. Segundo ele, “Trump sempre jogou tarifas para cima e negociou – e é isso que se esperava que acontecesse também aqui, o que não está ocorrendo”.
Para Rodrigo Moliterno, responsável pela área de renda variável da Veedha Investimentos, “houve enfraquecimento em direção ao fechamento, mas tanto o dólar quanto a Bolsa ficaram bem perto da estabilidade no fim da sessão”. Moliterno ressaltou que além das questões comerciais, o cenário político também influencia os investidores, diante dos rumores sobre possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) caso ele não esclareça sua participação em uma transmissão, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
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