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Seis meses de Trump: dólar cai, ouro sobe e a economia resiste
Publicado 23/07/2025 • 17:02 | Atualizado há 2 dias
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Seis meses se passaram desde a volta de Donald Trump à Casa Branca. As expectativas eram de turbulência política, protecionismo e retórica inflamada. E isso ele entregou.
O que também se revelou, de forma menos calculada, foi a perda de força do dólar e o reposicionamento global das reservas de valor. O que os números mostram, agora com meio ano no retrovisor, é um governo que provoca desconfiança externa — mesmo com uma economia interna ainda firme. Vamos aos dados.
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O DXY (US Dollar Index) é o índice dólar, uma medida que acompanha o valor do dólar americano em relação a uma cesta de moedas estrangeiras. Ele foi criado em 1973 pelo Federal Reserve e é amplamente usado para avaliar a força relativa do dólar no mercado internacional. A composição do DXY inclui seis moedas: Euro (EUR) – cerca de 57,6% do índice; Iene japonês (JPY) – 13,6%; Libra esterlina (GBP) – 11,9%; Dólar canadense (CAD) – 9,1%; Coroa sueca (SEK) – 4,2% e Franco suíço (CHF) – 3,6%. Ou seja, o DXY sobe quando o dólar se valoriza em relação a esse conjunto de moedas — e cai quando o dólar se enfraquece.
Embora útil como indicador de força cambial global, o DXY não inclui moedas de mercados emergentes (como o real brasileiro ou o yuan chinês), o que limita sua representatividade no comércio global atual.
Desde 20 de janeiro, o dólar caiu 10,6% em relação às principais moedas do mundo. O índice DXY, que mede essa força comparada, recuou de 109,2 para 97,6.
O euro subiu 12,2%. O real, 7,7%. É uma movimentação clara e sustentada, e que não pode ser ignorada. Se o dólar segue dominante no comércio global, já não é mais a unanimidade de antes como abrigo automático de valor.
A busca por proteção não parou — apenas mudou de direção. O ouro subiu 22,5% desde a posse de Trump, voltando a cumprir o velho papel de reserva segura em tempos de ruído institucional.
Já o Bitcoin avançou 10%, desempenho positivo, mas contido frente ao metal. A leitura é objetiva: mesmo em 2025, o mercado ainda prefere a tradição à tese, o ouro ao protocolo. E isso, para um governo que flerta com o risco fiscal e a imprevisibilidade política.
Ao contrário do que se imagina, a queda do dólar não reflete crise econômica. A economia vai muito bem, obrigado. O mercado acionário norte-americano cresceu no semestre: S&P 500 avançou 4,2%, Nasdaq 6,2%, com o Dow Jones praticamente estável (+0,7%).
As empresas seguem lucrando, o desemprego segue baixo, e o consumo interno não deu sinais de arrefecimento. A economia vai bem. É a credibilidade externa que escorrega.
O dólar não caiu por fraqueza dos fundamentos — caiu por ruído de governo. As falas, os planos improvisados e o voluntarismo diplomático começam a corroer o que a moeda mais precisa para ser reserva global: previsibilidade.
Bancos centrais do mundo sabem ler sinais. Se desconfiam que a Casa Branca deseja deliberadamente desvalorizar o dólar, começam a agir. Vendem o dólar e compram ouro. A profecia se auto realiza.
Trump sempre quis um dólar mais competitivo. Mas não quis ou não soube administrar o custo disso. Em apenas seis meses, o dólar deixou de ser ativo neutro e virou instrumento político — e isso tem consequência. Reserva de valor não se impõe por decreto nem por tweet. Ela se conquista com silêncio, constância e credibilidade.
No mundo das reservas, quem grita perde. E quem perde, escuta o capital indo embora.
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