Influenciada por movimentos no cenário internacional, a cotação do ouro apresentou queda nesta terça-feira (12). O principal fator é a disputa comercial entre Estados Unidos e China. O presidente estadunidense, Donald Trump, decidiu prorrogar por mais 90 dias a trégua tarifária ao gigante asiático, medida que diminuiu o receio dos investidores em relação a uma escalada de conflitos econômicos entre as duas potências.
O contrato futuro do ouro para dezembro encerrou o dia com recuo de 0,17%, cotado a US$ 3.399,00 por onça-troy na Comex, setor de metais da bolsa de Nova York (Nymex). O prolongamento do prazo para negociações com a China, formalizado por Trump na noite de segunda-feira (11), reforçou a percepção de que um acordo comercial ainda é possível, o que reduziu a procura por ativos considerados mais seguros, como o ouro.
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Cenário geopolítico e impactos no ouro
Além disso, o encontro agendado entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, que pretende discutir alternativas para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia, também é monitorado. O Commerzbank avalia que o otimismo em relação a uma solução para o conflito pressiona os preços do metal, já que diminui a demanda por reservas de valor em momentos de crise. No entanto, especialistas do Swissquote Bank ponderam que o entusiasmo é moderado, depois que Trump afirmou que a reunião servirá “apenas para sondar possíveis soluções” para o impasse.
O Commerzbank também destacou que o anúncio feito por Trump, informando que o ouro não será alvo de tarifas, foi outro fator que contribuiu para a queda nos preços do metal precioso nesta semana. Apesar do recuo predominante, o ouro encontrou algum suporte após a divulgação de um índice de preços ao consumidor (CPI) considerado benigno nos Estados Unidos, aumentando as expectativas de possíveis cortes nos juros pelo Federal Reserve (Fed) na reunião marcada para setembro. Mudanças nas taxas de juros costumam favorecer o ouro no mercado internacional.
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