Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) referentes ao segundo trimestre confirmam que o mercado de trabalho segue forte, conforme já havia sinalizado no primeiro trimestre do ano, avaliou William Kratochwill, analista da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego caiu em todos os estados na passagem do primeiro para o segundo trimestre, atingindo mínima histórica em 12 deles. Kratochwill lembra que o mercado já havia contrariado, no início de 2025, a tendência sazonal de demitir trabalhadores temporários contratados para atender à alta de consumo no quarto trimestre de 2024.
“Este ano já se mostrou diferente. No primeiro trimestre, o mercado de trabalho absorveu grande parte dessa mão de obra temporária, e os dados do segundo trimestre vêm confirmando isso”, disse o pesquisador do IBGE. “O mercado de trabalho está se mostrando resistente a uma piora. Ele vem se mantendo forte e absorvendo mão de obra.”
Além do aumento no número de ocupados, Kratochwill destacou outros sinais positivos, como a redução da informalidade, a elevação nas contratações com carteira assinada, o aumento na renda média e a expansão da massa salarial. “Isso tudo traz certo vigor ao mercado de trabalho”, resumiu.
O pesquisador afirmou que os dados regionais apontam melhora disseminada do emprego no país. “De forma geral, os números são muito positivos para todas as Unidades da Federação”, declarou.
Os dados divulgados nesta sexta-feira (15) pelo IBGE já contemplam a reponderação da série histórica da Pnad Contínua, divulgada no último dia 31 de julho. “A reponderação da pesquisa em 2025 considera os totais populacionais das Projeções de Populações, divulgadas em 2024, que incorporam os resultados do último Censo Demográfico, realizado em 2022”, informou o instituto.
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Após relatos de que os microdados reponderados da Pnad Contínua ainda não estavam disponíveis no sistema do IBGE, o instituto informou que corrigiria o erro ao longo do dia.
Quanto ao problema técnico que provocou o adiamento na divulgação da Pnad Contínua referente ao trimestre encerrado em julho, a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, explicou que a falha foi restrita à transmissão dos endereços a serem visitados pela equipe de coleta.
Segundo Beringuy, a questão foi identificada e corrigida a tempo, sem qualquer prejuízo que pudesse afetar a qualidade das informações a serem apuradas.
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