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Publicado 13/12/2024 • 08:40
KEY POINTS
Na foto: Renato Ramalho, CEO da KPTL / divulgação
O ano ainda não acabou, mas algumas gestoras de venture capital já estão planejando os seus primeiros passos em 2025. Uma delas é a KPTL, dona de 10 fundos que já investiram em mais de 110 startups em estágio early stage no Brasil nos últimos cinco anos.
Em entrevista exclusiva ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Renato Ramalho, CEO da gestora, revelou que a KPTL pretende fazer entre 8 e 11 investimentos em 2025. Para manter o portfólio com um número próximo de 70 investidas, a gestora quer também realizar 10 saídas no próximo ano.
Os investimentos serão divididos em três frentes. O fundo de govtech, que tem atualmente quatro startups investidas, deve ser utilizado para que a KPTL faça entre 3 e 5 aportes em novas startups. Já o fundo Floresta & Clima, que investiu somente na Ages Bioactive, pode passar a contar com mais duas ou três empresas em sua carteira.
Há ainda previsão para realizar até três novas injeções de capital com o fundo criado em parceria com o Banco BRB. Esse veículo de corporate venture capital foi lançado no começo do ano passado em formato FIP e com valor inicial de R$ 50 milhões. O objetivo é encontrar startups que auxiliem em processos de inovação do banco de Brasília.
A KPTL estipulou que o valor dos cheques em cada investimento deve girar entre R$ 2 milhões e R$ 7 milhões. “Eu preciso assinar um cheque que me dê uma participação do tamanho que eu precise dentro da companhia”, afirmou Ramalho.
Além dos fundos já mencionados, a KPTL tem ainda outros seis veículos que utilizou para investir nas 70 startups que fazem parte do portfólio atual. Há ainda mais um fundo lançado em junho deste ano junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para investimento em bioeconomia na Amazônia.
Dos fundos atuais, cinco estão em fase de desinvestimento. A expectativa é realizar até 10 exits no ano que vem, contra apenas três saídas feitas neste ano. Segundo Ramalho, o aumento tem a ver com a maturidade da gestora no processo. “Primeiro a gente se preparou, agora vamos colher”, afirma.
A KPTL realizou três saídas recentemente. Uma delas envolveu a VarejoOnline, startup que foi adquirida pela Totvs no mês passado em uma transação de R$ 49 milhões. A gestora era sócia da startup desde 2019 e já havia alocado R$ 6 milhões na operação em duas rodadas de investimento.
As outras saídas envolveram a venda da Augen, uma startup gaúcha que atua com tratamento de água, para a Biosolvit; e o repasse das ações da Akmey para a família fundadora do negócio, que recomprou a fatia que pertencia à KPTL.
Com o mercado de IPOs paralisado, as novas saídas devem ser realizadas por meio de M&As para players estratégicos. A busca é por múltiplos de retorno que variam entre três e seis vezes o investimento. “É matemática. Se eu tenho a Selic em 15%, eu preciso entregar 30% para o investidor”, diz Ramalho.
O cenário de juros altos também traz desafios para a captação. A KPTL está em processo de captação de cinco fundos. “Não foi um ano fácil para o setor pela oferta de capital que está atrelada à taxa de juros”, afirma Ramalho, que ainda diz que “secar o que estava seco não deve fazer muita diferença” em relação ao cenário de juros altos que começa a ser projetado para o próximo ano.
No entendimento da gestora, será mais fácil buscar recursos com fontes públicas (como bancos de fomento, tal qual o BNDES) do que com investidores privados (como family offices) e empresas.
“O investidor privado se move de forma mais ligeira e é mais sensível a esse aumento da Selic”, diz Ramalho, que também coloca os fundos de pensão nesta cesta. “Quando a taxa de juros sobe, esse dinheiro migra para a renda fixa.”
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