O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lidera a corrida pelo Palácio dos Bandeirantes em 2026, segundo a 16ª rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta sexta-feira (22). Se o primeiro turno fosse hoje, Tarcísio teria 43% dos votos, contra 21% do segundo colocado, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), avalia o levantamento. A deputada federal Erika Hilton (PSOL) aparece em terceiro, com 8%.
O estudo avaliou as intenções de voto e aprovação dos atuais governos em oito estados, que concentram 66% do eleitorado brasileiro: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraná e Goiás. Também foi questionada a atuação de cada governador diante do tarifaço aplicado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre exportações brasileiras.
Candidatos à reeleição
Entre os três governadores que podem concorrer à reeleição, a pesquisa aponta que Tarcísio é o que mais “merece ser reeleito” na avaliação do eleitorado: 56% acreditam que ele deve permanecer no cargo contra 36%, que pensam o contrário. Em Pernambuco, 54% rejeitam a reeleição de Raquel Lyra (PSD). Na Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) divide o eleitorado (48% a favor e 48% contra).
Dos três, apenas Tarcísio lidera as intenções de voto, segundo a pesquisa Genial/Quaest. Lyra e Rodrigues aparecem em segundo lugar em seus estados. A gestão de Tarcísio no comando do governo de São Paulo é aprovada por 60% dos entrevistados e sua atuação contra as tarifas dos EUA é avaliada positivamente por 42%.
Candidatos independentes
Em todos os estados pesquisados, a preferência majoritária é por um governador que não seja alinhado nem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indiciado pela Polícia Federal por crimes de coação e “tentativa de abolição do estado democrático”, na ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado.
- São Paulo — Tarcísio de Freitas (Republicanos) 43%; Geraldo Alckmin (PSB) 21%.
- Minas Gerais — Cleitinho (Republicanos) 28%; Alexandre Kalil (s/partido) 16%.
- Rio de Janeiro — Eduardo Paes (PSD) 35%; Rodrigo Bacellar (PL) 9%.
- Bahia — ACM Neto (União) 41%; Jerônimo Rodrigues (PT) 34%.
- Paraná — Sergio Moro (União) 38%; Paulo Eduardo Martins (Novo) 8%.
- Rio Grande do Sul — Juliana Brizola (PDT) 21%; Tenente-Coronel Zucco (PL) 20%.
- Pernambuco — João Campos (PSB) 55%; Raquel Lyra (PSD) 24%.
- Goiás — Daniel Vilela (MDB) 26%; Marconi Perillo (PSDB) 22%.
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Governadores mais bem avaliados
Os melhores índices de aprovação são de: Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, com 88%, e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, com 84%. Em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem 60% de aprovação e, na Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) soma 59%.
No Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD) é aprovado por 58% e desaprovado por 38%. Já em Minas, Romeu Zema (Novo) enfrenta queda, mas ainda mantém 55% de aprovação. Em Pernambuco, Raquel Lyra (PSD) aparece com 51%, enquanto no Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL) divide opiniões: 43% de aprovação e 41% de desaprovação.
Atuação diante do ‘tarifaço’
Em sete dos oito estados analisados, os governadores tiveram avaliação superior à de Lula e Bolsonaro sobre a condução da crise causada pelas tarifas impostas pelos EUA. Caiado (GO) tem 59% de avaliações positivas; Ratinho Júnior (PR), 52%; e Tarcísio (SP), 42%.
Nesses estados, as avaliações de Lula no combate às tarifas de Trump são de 32%, 31% e 34%, respectivamente. Já Bolsonaro é bem avaliado por 33%, 29% e 26% dos entrevistados correspondentes a Goiás, Paraná e São Paulo.
A exceção é a Bahia, onde Lula alcança 55% de aprovação, superando os 44% de Jerônimo Rodrigues. Bolsonaro, por sua vez, é avaliado negativamente em todos os estados, variando de 46% (Goiás) a 74% (Bahia).
O estudo foi realizado entre os dias 13 e 17 de agosto, com 10.146 entrevistas. Na pesquisa para a intenção de voto, a margem de erro é de 2 pontos percentuais em São Paulo e de 3 pontos nos demais estados, com nível de confiança de 95%.
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