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Maduro pede diálogo após ameaça de Trump de derrubar caças venezuelanos

Publicado 06/09/2025 • 09:40 | Atualizado há 2 horas

AFP

KEY POINTS

  • Trump ameaça derrubar aviões venezuelanos após sobrevoo de navio americano e envia caças F-35 a Porto Rico.
  • Maduro afirma que “nenhuma diferença” com Washington justifica um conflito e denuncia “expediente falso”.
  • Escalada inclui mobilização do Exército e milícias na Venezuela e ampliação de alianças regionais dos EUA.

As tensões entre Estados Unidos e Venezuela aumentaram nesta primeira semana de setembro, depois que o presidente Donald Trump advertiu que aviões venezuelanos que representem perigo para forças americanas no Caribe serão “derrubados”. O alerta veio após caças enviados por Caracas sobrevoarem um navio dos EUA na região.

Washington reagiu enviando 10 caças F-35 para Porto Rico, medida classificada pelo Pentágono como resposta a um “movimento altamente provocador” da Venezuela. Em ato com militares, Trump disse que deu carta branca ao seu secretário de Guerra, Pete Hegseth, para agir caso as forças se sintam ameaçadas: “Se voarem em uma posição perigosa, vocês podem tomar as decisões que considerarem adequadas.”

Maduro apela ao diálogo

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, buscou conter o clima de confronto. “Nenhuma das diferenças que temos e tivemos pode levar a um conflito militar. Não tem justificativa”, afirmou em discurso em Caracas.

Maduro acusou os EUA de fabricarem pretextos para pressionar sua saída. “Digo ao presidente Donald Trump que a tentativa de seus funcionários de montar um expediente falso tipo Hollywood para forçar uma mudança de regime é um erro. A Venezuela é um país livre de produção de coca e combate o narcotráfico.”

Ele reforçou a disposição para negociar. “A Venezuela sempre esteve disposta a conversar, a dialogar, mas exigimos respeito.”

Acusações e recompensas

Washington acusa Maduro de liderar uma rede de narcotráfico e recentemente elevou para US$ 50 milhões a recompensa por sua captura. A designação da quadrilha venezuelana Tren de Aragua e do Cartel de los Soles como organizações “narcoterroristas” ampliou o arsenal legal dos EUA para operações militares e de inteligência contra Caracas.

Segundo Trump, as ações fazem parte de uma estratégia para conter o tráfico de drogas. Em um ataque recente, as forças americanas lançaram um míssil contra uma embarcação suspeita no Caribe, resultando na morte de 11 pessoas, classificadas pelo presidente como “narcoterroristas”.

Giro diplomático

O endurecimento de Washington coincidiu com uma viagem do secretário de Estado americano, Marco Rubio, ao México e ao Equador. Em Quito, ele afirmou que os EUA não recuarão no combate ao crime organizado: “Os governos aliados na região nos ajudarão a encontrar essas pessoas e a fazê-las explodir, se necessário.”

No México, Rubio reforçou que a eliminação física dos cartéis é a única forma de interromper o tráfico, ao defender que as perdas de mercadoria já fazem parte do cálculo dos grupos criminosos.

Mobilização interna na Venezuela

Maduro respondeu mobilizando as Forças Armadas, que contam com cerca de 340 mil efetivos, e convocando reservistas, que ele afirma somarem mais de 8 milhões. Também abriu o registro da Milícia Bolivariana, um corpo militar formado por civis com forte carga ideológica.

Caravanas de motociclistas desfilaram pelas avenidas de Caracas como parte da mobilização que o governo chama de “povo em armas”. A oposição, no entanto, e fontes militares independentes estimam que apenas 30 mil desses milicianos estão efetivamente treinados para o combate, bem abaixo dos 4,5 milhões declarados por Maduro.

Escalada sem precedentes

Especialistas lembram que, historicamente, os EUA atuaram contra o narcotráfico no Caribe por meio de operações policiais de rotina. O uso de força letal, como no ataque à embarcação suspeita, é visto como uma escalada sem precedentes na região.

Maduro classificou a movimentação americana como “a maior ameaça contra a América do Sul nos últimos 100 anos”. Ainda assim, insiste em que não busca confronto: “Venezuela respeita e quer ser respeitada. Nenhuma das diferenças pode justificar uma guerra.”

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