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Apresentador Jimmy Kimmel diz que é “antiamericano” o governo ameaçar comediantes
Publicado 24/09/2025 • 08:21 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 24/09/2025 • 08:21 | Atualizado há 4 horas
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Reprodução/X/Jimmy Kimmel
Jimmy Kimmel retorna à TV após suspensão, mas enfrenta boicote de afiliadas da ABC.
O apresentador Jimmy Kimmel defendeu a liberdade de expressão ao retornar às telas dos Estados Unidos nesta terça-feira (23), chamando de “antiamericana” a pressão do governo sobre seu talk show noturno, enquanto críticos classificavam sua suspensão como um ataque aos direitos constitucionais.
Em um longo monólogo de abertura, emocionado, Kimmel elogiou a indignação pública, que veio tanto da esquerda quanto da direita, diante de sua suspensão, após o presidente Donald Trump ameaçar processar a ABC, emissora que transmite o programa.
“Uma ameaça do governo para silenciar um comediante de quem o presidente não gosta é antiamericana”, disse Kimmel, sendo ovacionado. “Nosso governo não pode ter o direito de controlar o que podemos ou não dizer na televisão.”
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Kimmel, que frequentemente satiriza Trump e seu círculo próximo, despertou a ira de conservadores na semana passada quando afirmou que “a gangue MAGA” tentava explorar o assassinato em um campus universitário do ativista de direita Charlie Kirk.
Na terça-feira, ele adotou um tom conciliador.
“Nunca foi minha intenção minimizar o assassinato de um jovem”, disse, com a voz embargada. “Também não foi minha intenção culpar qualquer grupo específico pelas ações do que obviamente foi um indivíduo profundamente perturbado.”
A suspensão de Kimmel, na semana passada, foi recebida com entusiasmo por Trump, que há anos demonstra desprezo pela forma como é ridicularizado por apresentadores noturnos.
Horas antes da reexibição do programa, o presidente de 79 anos usou as redes sociais para criticar e ameaçar a ABC.
“Por que eles iriam querer de volta alguém que se sai tão mal, que não é engraçado e que coloca a emissora em risco ao veicular 99% de LIXO democrata positivo?”, escreveu. “Acho que vamos testar a ABC nisso. Vamos ver como nos saímos. Da última vez que fui atrás deles, me deram 16 milhões de dólares. Este parece ainda mais lucrativo.”
Não estava imediatamente claro em que base legal Trump acreditava poder se apoiar. Processos anteriores contra empresas de mídia — incluindo a própria ABC — foram amplamente considerados infundados, mas resolvidos aparentemente como forma de aplacar o presidente, frequentemente vingativo.
Membros da plateia que assistiram à gravação em Hollywood disseram à AFP que Kimmel encontrou o tom certo. “Foi ótimo. De verdade. Ele estava humilde, engraçado e muito genuíno. A forma como falou foi perfeita, sincera… Muito autêntico”, afirmou Dana Lotkowski, 62 anos, que voou da Filadélfia para o programa.
“Ele falou de forma muito eloquente e demonstrou muito carinho com todos que foram afetados”, disse Katie Persico, 34 anos.
“Eu senti como se tivesse feito parte de um pedacinho da história da liberdade de expressão.”
O mais recente embate entre o governo Trump e críticos na mídia ocorreu na semana passada, quando o presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, deu a entender que ameaçaria as licenças das afiliadas da ABC que exibissem o programa caso não exigissem a saída de Kimmel.
Duas empresas que controlam dezenas dessas afiliadas — Nexstar e Sinclair — anunciaram então que retirariam o programa de suas grades, levando a Disney a suspender o talk show em âmbito nacional.
A Sinclair — que na semana passada exigiu que Kimmel pedisse desculpas à família de Kirk e fizesse uma doação ao grupo de ativismo de direita Turning Point USA — declarou na segunda-feira que suas afiliadas não transmitiriam o programa no retorno.
Na terça-feira, a Nexstar tomou a mesma decisão.
Com o boicote, o programa permaneceu fora do ar em alguns dos maiores mercados de TV dos EUA.
As cidades afetadas incluíram Washington D.C., Nova Orleans, Nashville e Seattle.
O desaparecimento repentino de Kimmel da televisão causou indignação em setores liberais, que afirmaram que ele foi alvo por criticar Trump. Para opositores, foi mais um passo rumo ao controle governamental sobre a liberdade de expressão, direito consagrado na Constituição do país.
Alguns à direita política também demonstraram desconforto, incluindo aliados de Trump como o senador conservador Ted Cruz e o polêmico apresentador Tucker Carlson.
Trump frequentemente reclama da cobertura negativa que recebe, chegando a classificá-la, na semana passada, como “ilegal”, além de já ter processado diversos veículos de imprensa.
A Disney, dona da ABC, enfrentou forte reação após suspender Kimmel, com cancelamentos em massa de consumidores e uma onda de críticas de criadores e figuras de Hollywood, que viram na decisão uma resposta covarde à pressão do governo.
Na segunda-feira, a Disney voltou atrás, dizendo que a suspensão havia sido uma tentativa de “evitar inflamar ainda mais uma situação tensa em um momento emocional para o país” e classificando os comentários de Kimmel como “mal cronometrados e, portanto, insensíveis”.
A empresa, no entanto, afirmou que decidiu trazer o programa de volta após “conversas refletidas com Jimmy”.
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