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Agronegócio movimenta R$ 8 trilhões e projeta crescimento recorde para este ano
Publicado 27/09/2025 • 07:00 | Atualizado há 6 horas
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Publicado 27/09/2025 • 07:00 | Atualizado há 6 horas
KEY POINTS
Em entrevista ao programa Fast Money, da Times Brasil – Conteúdo Licenciado CNBC, Fábio D’Aquila, economista do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), analisou os resultados do estudo “Agronegócio em Números: Mapeando o Produtor Rural”. O levantamento mostra que o setor movimentou R$ 8 trilhões em 2024, registrou crescimento de 4% em relação a 2023 e continua sendo um dos pilares do PIB nacional.
“Apesar do valor expressivo transacionado, as margens seguem apertadas no campo devido à alta dos custos e à pressão internacional sobre preços”, afirmou D’Aquila. Segundo ele, o agronegócio mantém protagonismo, mas enfrenta desafios de competitividade e logística.
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O economista explicou que o levantamento considera principalmente dados de notas fiscais emitidas nos anos de 2022, 2023 e 2024. Essa é a terceira edição do estudo, que analisa a cadeia completa do agronegócio, incluindo setores primário, secundário e terciário.
Segundo ele, os recortes por NCM das notas fiscais permitem identificar a evolução de diferentes cadeias produtivas, evidenciando tendências e gargalos.
Questionado sobre quando o agronegócio passou a ser tão decisivo para a economia, o economista ressaltou que essa relevância é antiga, mas ganhou força após o boom de commodities nos anos 2000.
“O Brasil sempre teve vocação agrícola, mas, principalmente desde o primeiro governo Lula, a participação das commodities no PIB cresceu muito”, afirmou.
Ele explicou ao Fast Money que essa relevância se manteve ao longo dos anos, em parte pelo desempenho mais fraco da indústria nacional, o que deu ainda mais espaço ao agro dentro da economia brasileira.
Apesar da movimentação bilionária, o estudo mostra que a participação do agronegócio no PIB caiu de 32% para 24,2% em 2024. “O setor enfrenta um grande desafio: compressão das margens de lucro. Muitos insumos são dolarizados, com preços internacionais em alta, enquanto o preço de venda não acompanhou”, declarou D’Aquila.
Segundo ele, culturas como soja e milho registraram queda de 16% nos valores, enquanto os custos de insumos subiram 30%, aprofundando o desequilíbrio.
O estudo não tem foco internacional, mas destacou o papel relevante da China em algumas cadeias.
“No caso do café, houve um aumento expressivo nas importações chinesas em 2024, além da alta do preço da saca. Isso foi determinante para o crescimento da cultura”, explicou D’Aquila.
Ele ressaltou que, embora o relatório seja centrado no desempenho interno, a relação Brasil-China tem peso direto em setores estratégicos, como café e soja.
A pesquisa aponta uma projeção de crescimento de até 29,4% no PIB do agronegócio em 2025, o maior nível em 22 anos. “É um valor teto, que mostra o potencial do setor, mas ainda temos gargalos importantes, principalmente logísticos”, afirmou D’Aquila.
Ele destacou que o frete pago pelo agro brasileiro é mais que o dobro da média, em razão das longas distâncias e da precariedade do transporte rodoviário. Segundo ele, superar essas barreiras é essencial para liberar a capacidade ociosa no campo.
O estudo também evidencia a evolução tecnológica e a formalização no setor. “O número de produtores cresceu entre 2022 e 2023, mas de 2023 para 2024 esse avanço foi mais discreto, sinalizando que não é apenas expansão de base, mas modernização e mecanização”, afirmou o economista.
Ele citou que o aumento de transações ligadas a tratores, insumos agrícolas e serviços mostra uma agroindústria cada vez mais estruturada e com maior valor agregado.
“O agro brasileiro está deixando de ser apenas agropecuária para se consolidar como agroindústria, menos dependente do preço internacional e mais sustentado pela demanda interna”, completou.
Ao comentar o cenário de 2025, D’Aquila avaliou os riscos das tarifas impostas pelos Estados Unidos. “É um cenário desafiador e ninguém pode dizer com certeza o que vai acontecer. O tarifáço pode prejudicar culturas como café e açúcar, ainda que algumas tenham obtido isenções temporárias”, disse.
Ele afirmou que, diante das incertezas, o foco deve ser reduzir a dependência das exportações concentradas em um único mercado. “Quanto menos dependermos de um só país, mais resiliente será o agro brasileiro frente a crises e mudanças externas”, concluiu.
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